segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Protetora Real


Imagem relacionadaEstou em um lugar escuro e sujo, provavelmente um antigo porão da cidade velha, esperando por socorro, mas provavelmente vou encontrar minha morte apenas. Mas estou feliz,sim eu provavelmente vou morrer aqui, mas eu cumpri minha missão, o príncipe esta a salvo e logo será coroado.

Tudo começou com a guerra...

Eu tinha doze anos quando a guerra explodiu, sabendo que muito em breve, com 16 anos, eu teria que me juntar ao exercito meu pai levou a mim e meus irmão mais novos para treinarmos, apesar de que Myo e Thor nunca participariam sequer de uma batalha.

Durante os 4 anos seguinte nós treinamos, eu especificamente, me tornei mestre em toda e qualquer arma e estilo de luta, eu era capaz de derrubar meus irmão e meu pai em menos de dez segundos. Mas então eu fiz 16 anos e como manda a lei tive que ir para a Capital ficar a disposição do exercito real. 

Estranho não é que a única moça da família tenha que ir para a guerra enquanto seus irmãos homens ficam em casa em segurança. Mas aqui onde eu nasci não tem essa diferenciação de gênero, aqui o que conta é a ordem de nascimento. 

Aqui o filho primogênito tem que ser posto em disposição para a coroa em caso de guerra. Ninguém lembra de onde surgiu essa lei, mas esta tão cravada na memória de todos que ninguém tenta ir contra.

Quer dizer, algumas mulheres e moças vão as ruas e fazem petições para que suas primogênitas não precisem ir para a guerra, mas eu, diferentemente delas, nunca imaginei minha vida que não fosse como soldado.

Faz um ano que fui convocada, neste meio tempo já estive várias vezes em batalha, já que com meu treinamento fui mandada direto para um pelotão e não passei pelo ano de treinamento que geralmente os novatos recebem. 

Logo na minha primeira batalha eu praticamente entrei em choque. Uma coisa é você imaginar a luta,outra  é você vivê-la na pele. Com os corpos sendo despedaçados a seu redor, ou você mata ou você morre. Obviamente eu escolhi matar, caso contrário não estaria aqui escrevendo.

Sempre fui um bom soldado, cumpria as ordens mesmo que não concordasse com as mesmas, ali eu era apenas uma maquina de matar, todos éramos e o General havia deixado isso claro logo no primeiro dia.

No dia em que tudo mudou eu estava na escola, sim escola, pois quando não estávamos em batalha ou nos treinamentos, nós íamos a escola, mas enfim, alguém bateu na porta da sala onde estávamos, o professor atendeu e logo depois me chamou, sem entender nada eu segui o soldado que estava na porta. 

Ele me guiou para fora da escola e pela cidade, eu não acreditei quando percebi que ele me levava direto ao palácio, não entendia o que o rei poderia querer comigo já que apenas quem era chamado pelo rei poderia entrar no Palácio. 

Segui o soldado por centenas de corredores, quando já não aguentava mais andar chegamos, a uma porta. Ele bateu  na mesma e aguardou, eu atrás dele apenas esperei. A porta se abriu e o soldado fez sinal para que eu entrasse, eu dei os ombros e entrei, a porta tornou a se fechar logo que por ela passei.

Se alguém tivesse contado a mim o que me aconteceria a partir dali, eu talvez não tivesse entrado, eu teria dado as costas, deixado a Palácio e voltado para a escola. 

Quem eu quero enganar? Eu teria entrado do mesmo jeito, nunca tive juízo ou instinto de auto proteção.

Segui por aquele corredor até que cheguei numa câmara, me surpreendi quando me encontrei perante ao Rei e a todos os seus Conselheiros.

O Rei me pediu um favor naquele dia, disse que apenas eu era capaz de fazer aquilo, que não confiaria em outro soldado para fazer aquilo. Ele implorou de joelhos que eu trouxesse seu filho a salvo para o lar.  O mesmo estava do outro lado do país, a salvo da guerra, mas o rei estava doente e queria passar a coroa para o filho antes de morrer para que nenhum golpista pudesse usurpar seu trono. 

Minha missão seria simples, eu iria até onde o príncipe estava visitando sua noiva e o guiaria através das montanhas até o palácio. Sim assim eu faço parecer fácil, mas não o era. 

Para fazer isso, eu precisaria atravessar todo um país em guerra, chegar até uma cidade fortemente protegida e tirar o príncipe de dentro dela, depois disso feito eu teria que o disfarçar também, e juntos cruzar uma cadeia de montanhas, cujos picos poderiam atingir até 1500 metros e então, se ainda estivéssemos vivos, passaríamos por um campo de batalha inimigo até onde nossos soldados estavam baseados e poderiam nos dar proteção.

Eu admito que fui idiota, mas aceitei o pedido do Rei.

Estranhamente as primeiras fases do plano saíram-se bem. Eu cruzei o país sozinha indo até onde estava o alvo e o tirei de lá, nem eu mesma sei como fiz este milagre, até mesmo no inicio  das montanhas conseguimos nos virar, mas quando chegamos a última parte das mesmas, as coisas se complicaram.

Estávamos preparados para enfrentar saqueadores, ladrões e todos os tipos de gente fora da lei que vivia nas montanhas, mas o que podíamos fazer quando encontramos um acampamento dos soldados inimigos bem na rota que precisávamos seguir? 

Eles patrulhavam a área, não tínhamos onde nos esconder, tivemos que pegar uma rota alternativa através da parte mais fechada da floresta, aí que as coisas complicaram de vez. 

Já faziam dois meses que viajávamos juntos, eu estava a cinco meses fora de casa, então eu e o Príncipe acabamos por criar uma amizade. Numa certa noite fria, decidimos ir contra o bom senso e acender uma fogueira a noite. Não foi uma boa ideia, fomos descobertos e tivemos que lutar e matar para sairmos   de lá, mas o estrago estava feito e passamos a ser perseguidos. 

Não tínhamos mais paz ou descanso, estávamos sempre em alerta e armas em punho. Conseguimos sair das montanhas e chegamos ao campo inimigo. Estávamos a apenas 2 horas de alcançar nossos soldados quando fomos avistados pelos inimigos, não poderíamos contra um batalhão, sendo assim mandei o Príncipe seguir o caminho que planejamos e fiquei para enfrentar os inimigos.

Era suicídio eu sabia, mas não havia me sacrificado tanto até aquele momento para fracassar. Consegui derrubar os oito soldados do grupo de buscas e dar assim a chance do príncipe escapar antes de os reforços chegarem e me prenderem.

Hoje faz três semanas que estou sendo mantida aqui neste lugar, nesta masmorra,eu queria que eles tivessem me matado no campo de batalha, mas não, eles me trouxeram para cá e a cada dia inventam uma nova tortura. Eu já não tenho dois dedos em uma mão, devo ter vários ossos quebrados,já perdi a conta de quantas vezes tentaram me afogar. 

Acho que eles perceberam que não vou falar nada, pois na última vez me entregaram junto a um pedaço velho de pão uma faca dizendo que se eu fosse corajosa eu poria um fim a minha vida, pois senão eles dariam. Mentiria se dissesse que não pensei em dar um fim a minhas torturas, mas não serei covarde a esse ponto.

Note que em momento algum eu disse meu nome, e isso se deve a duas coisas, primeiramente  se este papel não chegar até o mar não quero que ninguém saiba meu nome, não darei a eles este prazer, em segundo lugar meu nome não importa, apenas importa o que eu fiz.

Assim que terminar de escrever pretendo lançar esta garrafa no mar que bate na janela, muitas vezes molhando meu cativeiro. Já posso ouvir passos se aproximando, não sei se são os meus carrascos, ou se alguém veio em meu socorro, mas em todo caso, vou colocar este papel dentro de uma garrafa velha que venho guardando e lança- la ao mar. 

Não sei se sobreviverei, mas alguém tem que saber esta história, mesmo que pense que não passa de invenção. Não quero que minhas ações em prol do fim desta guerra caiam no esquecimento...
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Este é o conteúdo de uma garrafa que encontrei boiando no mar a algum tempo atrás, o papel estava todo amarelado mas as palavras estavam nítidas como se tivessem sido escritas ontem. Não sei o que ouve com  a pessoa que escreveu a carta, não sei nem mesmo se ela existiu, mas todas as vezes que a leio, eu me acalmo. Seja lá quem for, espero que a pessoa da carta tenha sido salva, mas se não foi, ainda sim a considero uma heroína, afinal ela foi uma Protetora Real. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Capítulo 4 A filha do Batman

Tiago


Estou agora no meu quarto,nem mesmo sei como cheguei aqui,meu rosto está molhado das lágrimas que caem sem parar do meu rosto. Ainda não acredito que é verdade,que minha mãe se foi,agora estou sozinha no mundo.

Fazem dois dias que eu a enterrei,foi algo simples e rápido.Todos que trabalhavam com ela compareceram,assim como meu pai,também foram pessoas que eu não conheço,mas que tinha algum tipo de relação com o trabalho dela.

Olho no relógio e vejo que são 7 horas da manhã,passei mais uma noite em claro,chorando,mas tenho escola daqui a pouco e já faltei demais esse ano para me dar o luxo de faltar mais um dia sequer.

Saio da cama e vou para o chuveiro,tomo meu banho e escovo meus dentes,logo estou vestida e pronta para mais um dia.Vai ser estranho voltar para casa a partir de hoje e não á encontrar aqui.Sei também que na escola vai ser outro inferno,pois apesar de não ter amigos,sei que todos ficaram sabendo do que aconteceu pelos jornais,e vai ser difícil para mim suportar as caras de pena deles para mim  hoje.

Decido que não quero ir de ônibus para a escola hoje,então pego as chaves de um dos carros de cima da bancada e vou até a garagem,assim que chego lá,vejo que peguei o carro da minha mãe e rapidamente as lágrimas só formam,mas as seguro e entro no carro.

Dez minutos depois chego a escola,e como sempre sou uma das primeiras,vou logo para a sala e me sento no lugar mais ao fundo da sala,assim ninguém ficará olhando para mim.Coloco meus fones,fecho meus olhos e deixo a música que saí deles me acalmar.

Os minutos passam sem que eu me dê conta,por isso,quando abro meus olhos a sala já esta cheia,e os cochichos sobre mim já estão rolando,finjo que não percebo,e fixo meu olhar no quadro negro,segundos depois o professor entra na sala, e imediatamente começa a aula,não deixando espaço para conversas.

Agradeço ao professor com um sorriso fraco e ele me responde com um quase imperceptível aceno de cabeça.Sinceramente não sei o que foi passado na aula,uma vez que não conseguia sequer compreender o que era dito e mostrado na  sala,saio do meu transe quando ouço o sinal tocar, e como um autômato começo a guardar minhas coisas,sinto alguns olhares em mim,mas não ligo,aos poucos a sala vai se esvaziando,e eu estou sozinha.

As aulas que transcorreram a seguir foram tal qual a primeira,nada que era dito nelas eu compreendia,finalmente o último sinal tocou e fui até a biblioteca,pegando uma água no refeitório antes.Eu sabia que devia comer algo,fazia quase 3 dias que não comia nada,mas não conseguia,eu não sentia fome.Pra ser bem sincera,eu não sentia nada,fome,frio,sede,nada apenas um vazio.

Sentei-me em uma das mesas mais escondidas da biblioteca,sabia que se fosse vista com uma garrafa de água ali teria problemas,mas não me importei muito com isso,a verdade era que eu queria ficar sozinha,sem ouvir os sussurros e cochichos  a respeito de mim e da morte da minha mãe.

Outra vez coloco meus fones de ouvido,e começo a pensar nela,sinto as lágrimas tomarem meu rosto mais uma vez,nem tento controla-las,sei que será inútil,então sinto alguém me abraçar e reconheço o cheio,era o professor Tiago que eu considerava como meu melhor amigo,constumávamos sair juntos até,mas dentro da escola éramos   apenas aluna e professor,sendo assim fiquei surpresa com sua presença naquele lugar.

Por alguns momentos me deixei ser abraçada,mas então lembrei de onde estávamos e me afastei dele.

-O que faz aqui? Sabe que se vermos a gente juntos aqui vão pensar besteira e teremos nós dois grandes problemas.

-Não importa,não podia deixar você sozinha agora.E a diretora sabe que somos amigos,ela é a minha mãe lembra,portanto não se preocupe não vai dar problemas nada.Ele me respondeu e me puxou para mais um abraço.

O abracei bem forte dessa vez como se assim pudesse tirar um pouco de sua força para mim,desabei pela segunda vez em poucos dias

Depois disso percebi que não tinha mais condições de permanecer na escola naquele dia e fui para casa,consegui chegar na mesma sem causar nenhum acidente,o que era uma façanha,uma vez que dirigia com os olhos embaçados pelas lágrimas que rolavam.

Uma vez em casa fui para meu quarto e caí na cama,não consegui dormir outra vez,mas mesmo assim fiquei enrolada e como uma bolinha,tentando não me despedaçar ainda mais.

Saí desse transe quando meu despertador tocou,eram 6 horas da tarde outra vez,hora de me preparar para minha patrulha,desci até o porão passando pela cozinha,mas não comi nada apenas peguei uma garrafa de água outra vez e desci.

Fiz patrulha naquela noite,mas não teve nada demais,apenas alguns assaltos a pequenas lanchonetes,coisas que a polícia seria capaz de resolver sozinha,mas eu precisava ocupar minha mente,então acabei resolvendo as coisas,foram lutas rápidas,e quando o sol começava despontar,voltei para casa,tomei um banho,peguei as chaves de uma carro qualquer que não fosse o da minha mãe e fui para a escola.

No caminho decidi que assim que chegassem em casa ia tomar um dos remédios para dormir que tinham me receitado e dormiria pois começava a me cansar.A aula transcorria tranquila,ninguém mais apontava para mim,e eu agradecia por isso,mas então enquanto ia para a aula de física,senti uma tontura e tudo ficou escuro,a última coisa que vi foi Tiago correndo em minha direção e depois o nada.

Capítulo 3 A filha do Batman

Encontro Dr.André  conversando com uma enfermeira,parecia estar ralhando com ela,mas não me importei apenas peguei em seu braço e disse-lhe:

-Ela acordou!

Rapidamente ele se despede da enfermeira e segue-me até o quarto da minha mãe.

Assim que chega lá vai direto examina-la e nem percebe a figura encostada na parede,na realidade,nem mesmo Trinna o vê já que corre para perto da mãe,mas se algum deles tivesse olhado para Bruce teria visto que em seu rosto estava estampada uma expressão surpresa.

Dr.André a examina detalhadamente e me diz que ela está estável,mas não há nada que se possa fazer.Enquanto converso com ele,ouço um sussurro e rapidamente olho para minha mãe,ela se esforça para ser ouvida por nós,então vou até ela e com uma voz debilitada ela me diz:

-Filha,poderia me dar licença,tenho que falar com Bruce em particular?

É só quando ela me diz isso que me lembro que não estamos sozinhas e olho para o canto onde o mesmo se encontra,André também o olha,dando-se conta pela primeira vez do visitante.

Olho demoradamente para minha mãe tentando entender o porque de ela querer falar a sós com ele,quando me bate a compreensão,rapidamente lhe digo:

-Nem pense nisso mãe,não vou deixar que faças isso.
Ela me olha por um tempo e então vira-se para André.

-Poderia tira-lá daqui,por favor,sei que não tenho muito tempo,mas tenho muitas coisas para resolver antes de ir.

Pude ver a tristeza de André perante essas palavras,mas mesmo assim ele me tirou da sala sob intenso protesto de minha parte devo admitir.

                          Bruce
Vi o olhar que a garota deu a mãe antes de sair,era como se pedisse algo,vi também que ela negou para a filha,logo me aproximei dela e ela começou.

-Lembra-se daquela última noite que passamos juntos na Europa,o dia anterior a minha viagem para assumir os negócios do meu pai?

Fiz sinal positivo com a cabeça e ela prosseguiu.

-Bom um mês depois eu descobri que estava grávida.

Nesse momento fiquei abismado,e o choque deve ter aparecido em meu rosto.

-Me perdoa por não ter te contado,mas ainda estava aprendendo a comandar as empresas e não tinha total estabilidade,temi que você tirasse minha,ou melhor nossa,filha de mim.

Olhei para seus olhos e tive vontade de dizer coisas horríveis para ela,mas me controlei e disse:

-Ela sabe?

-Sim,eu nunca escondi isso dela,mas ela não quis ir até você,ela me disse que sabe que não tens culpa por não tê-la criado,diz que se sobreviveu somente comigo até agora,não tem porque coloca-lo em nossas vidas.

Eu estava me esforçando ao máximo para não descontar a raiva que sentia nela,mas ao mesmo tempo a culpava por não ter feito parte da vida da minha filha.

Por fim apenas assenti com um movimento mínimo,e disse:

-Tudo bem eu disse,te perdoo.

Nesse momento ela fechou os olhos,ainda com um sorriso nos lábios,segundos depois os aparelhos começaram a apitar e imediatamente vários médicos e enfermeiras entraram assim como a garota  que até agora não sabia o nome mas sabia agora que era minha filha.

Ela foi imediatamente para perto da mãe e começou chama-lá mesmo sabendo que não adiantava nada.Os médicos tentaram afasta-lá da cama,mas sem sucesso,então um deles,o tal de André olhou para mim e disse:

-Tire-a daqui.

Eu automaticamente assenti e fui até a garota,ela se debateu tentando escapar e voltar para o lado da mãe,mas eu não permiti,segurei-a mas firme e com cuidado a tirei daquele quarto.

Assim que a tirei fechei a porta atrás de mim ela veio até mim e começou a distribuir socos no meu peito,para uma  guria tão pequena ela batia forte,mas não demostrei dor e ela continuou a me socar até não ter mais forças,e então com os olhos cheios de lágrimas ela me disse:

-Ela te contou não foi?

-Sim.

Ela para de lutar e  me abraça,eu mesmo sem jeito retribuo,aquele era o primeiro abraço que recebia da minha filha.

Capítulo 2 A filha do Batman

     Bruce

Bruce subiu ao palco e olhou ao redor, não estava acostumado a palestrar para pessoas tão jovens mas a pedido de uma antiga namorada, dona de uma grande revista decidiu aceitar, sob os protestos de Alfred meu mordomo, lógico.

Não sabia ao certo o que falar, estava acostumado a falar para grandes empresários mundo afora, sobre como havia transformado a empresa de sua família em uma mega corporação, mas pensou que talvez esse não seria um tópico bem aceito por esse público, decidiu então  falar sobre a empresa em si e como ele costumava a custear programas para auxilio de adolescentes.

Com sua habitual fluidez logo tinha total atenção de seu público, ou melhor de quase todo,na última cadeira bem no fundo da sala via que uma das garotas olhava para ele,mas não parecia prestar atenção, ele havia notado-a desde o início, logo que ele entrou naquela sala.

Notou que ela, diferentemente das outras meninas, parecia ter noção da realidade, não acreditava em contos de fadas e mesmo com a pouca luz, notou a cor dos olhos, eram da cor exata da sua falecida mãe, logo pensou ele, esse era o motivo de ela lhe atrair tanto a atenção, os lhos daquela jovem garota era idênticos ao de sua falecida mãe.

Duas horas depois a palestra finalmente chegou ao fim e ele ficou conversando com alguns alunos e professores, esperou encontrar a garota entre aquelas pessoas, mas logo notou que ela não estava ali. Estranhou esse fato, pois ela pareceu muito interessada em fazer-lhe as perguntas durante a palestra, mas antes mesmo de terminar viu ela saiu as presas falando ao celular.

            Trinna

Faltava pouco para o fim da palestra quando uma mensagem chega em meu celular, era o médico da minha mãe dizendo que ela havia sido internada as pressas depois que desmaiou no trabalho, rapidamente juntei as minhas coisas e nem tinha saído da sala e e já estava ligando para o médico para saber em que hospital ela estava, peguei um táxi que passava na frente da escola, saí sem autorização mesmo, não liguei para isso naquela hora, e 20 minutos depois  cheguei ao hospital.

Entrei as pressas na recepção e corri até o balcão de informações, lá fiquei sabendo que minha mãe estava fazendo exames, sendo assim me limitei a esperar.

Enquanto esperava, rezei para que ela saísse dessa, não queria ficar sozinha no mundo, eu só tinha ela. Ok, tinha meu pai também, mas ele não sabia de mim portanto não contava.

Depois do que me pareceram horas finalmente Dr.André médico da minha mãe aparece, tinha um semblante triste e eu rapidamente fui em sua direção.

Antes mesmo que eu perguntasse ele me disse:

-No momento ela tá estável mas sinto muito em dizer que existem poucas chances de que ela sobreviva dou a ela no máximo até amanhã. Se você quiser vê-la tem que ser logo pequena, pois ela vai nos deixar a qualquer momento.
Ele estava chorando quando terminou de dizer isso, então nos abraçamos e ali no meio do saguão choramos pela pessoa que amávamos,mas que estava prestes a nos deixar.

Depois de chorar todas as lágrimas que tinha eu fui vê-la, ela estava pálida, entubada e respirando com a ajuda de aparelhos, como ela estava dormindo sentei ao seu lado e peguei sua mão, fiquei ali olhando seu rosto e contando cada uma das suas respirações que podia ser a última, nem vi que a tarde se transformou em noite, e a noite se transformou



num novo dia.

Durante a noite vários enfermeiros e médicos entraram no quarto para ver como ela estava,mas eles passaram como  borrões para mim.Eu sabia que devia esta sentindo sede,fome ou até mesmo cansaço,mas eu não sentia nada absolutamente nada,apenas olhava  para minha mãe e esperava que ela acordasse, mas a noite  passou e nada de ela abrir os olhos.

Já passava das 8 horas da manhã quando ouvi uma batida na porta,logo em seguida ouvi um gemido,olhei para minha mãe e   ela estava acordada,fiquei tão feliz que apenas gritei.

-MÃE!!!! E pulei sobre ela a abraçando,agradecendo por ela ter acordado.

Ela por sua vez com muita dificuldade,pôs a mão sobre minha cabeça e tentou dizer algo,mas eu fiz sinal negativo e disse a ela que iria chamar o médico,me soltei dela e me virei dando imediatamente de cara com quem eu menos queria ver naquele e em todos os outros momentos...

-Bruce Wayne? O que o senhor faz aqui? Perguntei

-Fiquei sabendo que uma grande amiga minha estava no hospital e vim vê-la,mas e você o que faz aqui?Perguntou ele em um tom que era ao mesmo tempo arrogante e surpreso.

-Vim ficar com minha mãe,ela está muito doente,mas agora não importa,tenho que chamar o médico.E com essa frase saí correndo em busca do Dr.André.

Capítulo 1 A filha do Batman





         Trinna                                                        
Mais um dia começando, acordei como sempre as 5 horas da manhã,devo ter dormido cerca de 3 horas na última noite,minha última patrulha tinha dado  problema, passei uma boa parte da noite saltando por sobre os telhados atrás de Novattelly e só consegui pegá-lo quando já batia 2 horas da manhã.

Saí da minha cama ainda meio dormindo e segui para o chuveiro,liguei a água no máximo de gelada que pude e entrei debaixo da mesma.A água fria finalmente me acorda,eu termino meu banho, coloco minha  roupa de corrida, pego meu celular e fones e saio. Corro os meus habituais 8 km e volto para casa, minha mãe já esta acordada e com o café pronto, dou-lhe um beijo e vou tomar outro banho antes da escola. Eram 7 horas quando finalmente desci pronta para a escola tomei meu café e corri para pegar o ônibus.

Me chamo Trinna Malakese, tenho 16 anos, durante o dia sou uma estudante normal,a nerd da escola, me escondo  sob roupas largas  e óculos aro de tartaruga,sou  a garota da qual ninguém quer ser amigo, mas pouco me importo com isso , até prefiro que seja assim, não quero e não posso chamar atenção.Durante o dia faço de tudo para não chamar a  atenção, mas é a noite que eu revelo minha verdadeira natureza.

Meu pai se chama Bruce Wayne, isso mesmo o dono das Industrias Wayne,mas diferente dele eu não sou famosa nem conhecida, na realidade sou a filha bastarda dele, ninguém sabe da minha existência. Minha mãe preferiu que assim fosse uma vez que tinha medo de ele me tirar dela caso soubesse de mim. Não me importo muito com isso, não sinto raiva dele por me abandonar, afinal não se pode abandonar algo que nem se sabe da existência não  é mesmo.

Consigo chegar a escola 20 minutos antes de o sinal tocar, pego meus livro no meu armário e vou para a sala, não gosto de ficar andando pelos corredores, sofro bullying quando eu faço isso então prefiro ficar sozinha com meus pensamentos e minhas músicas. Da janela vejo as pessoas chegando na escola, uma vez que minha sala fica de frente para o portão, vejo as lideres de torcida perturbando as novatas, enquanto os jogadores batem nos nerds, essa é a vida escolar. Aos poucos a sala vai se enchendo e meus minutos de paz se acabam, logo o professor chega e começa a aula.

Cerca de uma hora e meia depois a aula de geografia chega ao fim e eu saio da sala, ligo pra minha mãe enquanto vou para minha próxima aula:

- Oi mãe,como você está?

- Oi querida, estou bem, voltei do mercado agora, mas porque ligou?

- Nada não mãe só queria saber se você estava em casa, ou se teria que almoçar fora. Inventei a primeira desculpa que me veio   a cabeça.

- Pode deixar que farei um almoço delicioso filha.

Desliguei o telefone mais tranquila, minha mãe esta doente, ela não sabe disso , porém segundo o médico me disse ela esta com um tipo muito raro de câncer cerebral, um tipo muito rápido e letal ele acredita que ela tenha mais dois anos de vida, e pediu para que eu cuidasse dela, as vezes acho que o médico de minha mãe é totalmente apaixonado por ela.

Cheguei a minha sala no mesmo momento que meu professor chegava, ele ralhou comigo por chegar atrasado, mas quando disse para ele que estava falando com minha mãe ele apenas assentiu, ele era o único que sabia do problema de minha mãe, ele era a pessoa que eu mais confiava depois dela. Depois de mais algumas horas, as aula finalmente terminam e corro para deixar meus livro na armário vou para casa.

Como sempre chego em casa e vou procurar pela minha mãe, ela esta na cozinha então vou para meu quarto e tomo um banho antes do almoço e desço. Como sempre a comida estava ótima, minha mãe era uma ótima cozinheira, mas ao invés de investir nisso ela preferiu assumir as empresas do pai dela e hoje é dona de uma das maiores revistas do mundo e apesar de estar doente ela trabalha muito bem. Lavar  a louça é meu trabalho portanto assim que nós terminamos de comer eu limpo a cozinha enquanto minha mãe vai para a empresa, depois que termino vou dormir afinal teria trabalho durante a noite.

Acordo e vejo que são 6 horas da tarde, vou para o porão onde  digito meu código de segurança e meu QG se revela. Eu disse que era a noite que minha identidade se revelava pois então durante o dia sou nerd a noite assumo outra identidade e combato o crime da cidade, durante a noite deixo de ser Trinna e me torno a Trinity, forte, poderosa, tudo aquilo que eu não sou durante o dia.

Tudo isso começou quando meu melhor e único amigo foi assassinado na minha frente a dois anos por policiais  corruptos a mando de um certo chefão do crime.

 Depois de ver os mesmos policiais saírem ilesos apesar do meu depoimento, fui tomada por uma fome de vingança e foi quando a Trinity nasceu. Ela não tem noção de bem ou mal, não recebe ordens de ninguém e também não abaixa a cabeça pra ninguém, é procurada pelos dois lados da lei, policia e bandidos.
Mas essa é uma cidade onde não existe dois lados da lei,aqui o dinheiro fala mais alto e os grandes chefões do crime são quem comandam a cidade  a seu bel prazer, e eu sou a única coisa que impede que esse poder se alastre pelo restante do estado.

Fico organizando a bagunça que deixei quando sai daqui hoje de manhã ao mesmo tempo que fico ouvindo o radio da policia, passavam das 10 horas quando ouvi sobre um sequestro em andamento, coloquei meu uniforme e sai. Foi algo rápido, em menos de uma hora resolvi tudo, pra minha surpresa, o sequestrador era um dos capangas de Max Constantine, o poderoso chefão do crime da cidade, fiquei pensando no que eles ganhariam sequestrando  aquele garoto, mas não consegui achar nenhuma explicação, assim, voltei exausta para casa, troquei de roupa e caí na cama dormindo imediatamente.

As semanas seguintes passaram rapidamente, desde que um de seus braços direitos havia sido preso Constantine preferiu se mante em silêncio, e não aprontou nada por um longo tempo até mesmo saiu da cidade por algumas semanas, e eu na sua ausência tive meus próprios problemas para resolver.
Eu estava voltando para casa num dia comum, mas assim que abri a porta tive uma péssima surpresa,minha mãe estava sentado no sofá e a sua frente estava  a  pasta  que eu mantinha sobre a sua doença. Assim  que entrei em casa ela me disse:

-Porque você não me contou? Porque não me disse que eu estou morrendo?

-Eu não sabia como dizer mãe. Me perdoe, eu não podia simplesmente chegar em você e dizer: Mãe, sinto te dizer mas você tem um tumor gravíssimo e vai morrer a qualquer momento. Eu não aceitei isso ainda, como achas que eu poderia te contar?

-A quanto tempo você sabe?

-A seis meses mãe. Quando caiu da escada, foi feito uma radiografia, que mostrou uma massa estranha, a partir disso foi feito outra bateria de exames que acabaram por confirmar o tumor, os médicos disseram que é inoperável, por isso não te contei nada, não ia adiantar nada você saber disso, não ia mudar nada.

-Quanto tempo eu.....

-Não sei mãe - nesse momento me segurei para não deixar as lágrimas tomarem meu rosto - podem ser dias, semanas meses ou até anos, eu realmente não sei , nem os médicos sabem.

Desde aquele dia ela não fala mais comigo, nem mesmo me cumprimenta, e eu entendo o lado dela, mesmo que ela não entenda o meu.

Escuto a voz da diretora no sistema de som do colégio,pedindo para que todos os alunos se dirigissem para o anfiteatro,pois teríamos uma  palestra,sendo assim peguei minhas coisas e as organizei na mochila lentamente, fui a última  a sair da sala, e no corredor acabei por encontrar o professor e juntos fomos para a palestra conversando pelo caminho.

Quando chegamos lá nos separamos e ele foi sentar-se com os demais professores, eu por minha vez, aproveitei que o auditório já estava cheio e que a maioria sentou-se bem próximo ao palco e me sentei no fundo, junto a parede na última carteira, algo me dizia que não era uma boa ideia sentar-me na frente.

Eu percebi que estava certa assim que o palestrante subiu ao palco......

Aviso

Sei que poucas pessoas vão ler isso, mas estou aqui para avisar que postarei minha historia A filha do Batman aqui a partir de hoje. Originalmente ela foi postada no Wattpad e lá permanece, mas estou buscando um novo público e creio que aqui seja o melhor lugar para começar.
                             
                                                                                Att: Lis Stum

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Ghost



Olhem bem para esta garota da foto. Acham ela perigosa? Acham que ela pode ser um risco para a sociedade?

Bem se suas respostas foram negativas, saibam que estão enganados.

Esta garota é a numero 1 das lista dos mais procurados da Interpol, figura nesta posição a mais de 3 anos, e nunca foi pega.

Nascida Halene Thorhasty, Ghost como é conhecida desde os seus doze anos, sempre foi inteligente, se formou no colégio aos dez anos, aos 15 anos se formou em Perícia Forense e passou  a trabalhar no  Instituto Jeffersonian. Foi demitida depois que um colega armou contra ela. Em busca de vingança ela invadiu o computador pessoal dele, e levou ao público toda a sujeira na qual ele estava envolvido.

Foi a primeira vez que ela usou suas habilidades com Hacker, nunca mais parou. Durante um ano se envolveu com algumas sociedades secretas de hackers, mas então um dia ela sumiu simplesmente.

Semanas depois ocorre uma invasão em massa em todos os sistemas de defesa baseado no satélite Monarca, mas um detalhe, todas as super potencias mundiais usavam o Monarca como banco de dados para seus sistemas de defesa.

Ela invadiu todos eles, sozinha.

Ela era uma colecionadora, sua maior arma eram os segredos que ela conseguia a partir de suas invasões.

 Depois do Monarca foi a vez do Pentágono, depois a Nasa, FBI, CIA, OTAN, grupos terroristas, ela derrubou vários, nada estava seguro  de suas mãos, se estivesse disponível, ela conseguia.

Mas toda esta habilidade lhe rendeu problemas, ela passou  a fazer parte dos mais procurados de FBI, em seguida CIA e finalmente INTERPOL. A cada trabalho, ela ficava mais próxima do topo da lista, até assumir o primeiro lugar e nunca mais sair.

Ela passou a não ficar mais que dois dias no mesmo lugar, sempre olhava sobre o ombro. Seu cabelo,o outrora ruivo até a cintura, agora estava negros curto, os olhos  verdes que antes brilhavam, agora estavam praticamente negros, ocultavam segredos.

Eu estou em constante fuga.

Sim Ghost sou eu, não que alguém ainda não tivesse percebido, afinal como alguém que não sou eu poderia saber tanto sobre um fantasma?

Entro no galpão que tem sido meu esconderijo desde ontem, todos os meus equipamentos estão prontos, estou aqui a trabalho.

Do outro lado da parede se encontra o principal servidor de uma rede de distribuição de pornografia infantil, amanhã a este mesmo horário o local será invadido pela policia, todos que estão ali serão presos, não será muitos já que  ali só estão o programador do site e alguns seguranças.

Os cabeças de tudo estão em suas mansões no outro lado da cidade, mas eles também serão  pegos. Admito que a o fato da senha deles ter 32 dígitos me surpreendeu, mas se já invadi o Monarca cuja senha tinha mais de 350 caracteres, este computador não será complicado.

Quarenta e dois segundos.

 Foi esse o tempo que demorei para entrar no sistema deles, coletar as informações levou dois minutos, logo saí dali e apaguei meus rastros pelo galpão. Minutos depois eu cortava a cidade até a delegacia de polícia.

 Com meu disfarce de motoboy não foi difícil entregar o pen-drive para o policial que eu queria, ele comandava uma força tarefa contra a distribuição de pornografia e abuso sexual infantil.

Logo depois de deixar os informações na policia, eu fui para um banheiro público e troquei de roupa, aquele lugar não tinha câmeras de vigilância então eu poderia usar. Minutos depois já estava indo embora da cidade, não havia mais motivos para continuar ali e eu tinha um voo para Tóquio.

Sim me cansava o fato de fazer todo o serviço sujo e ver os outros levarem o crédito, mas eu era uma justiceira digital, eu era uma desconhecida mas ainda sim fazia a diferença.

Tenho 21 anos e sou foragida, meu rosto eu até já esqueci como ele é de tantos disfarces que uso, sou a número 1 da lista dos mais procurados e mesmo assim sou feliz.

Tóquio = 3 trabalhos e depois sumir

Rússia = 1 trabalho e sumir

Brasil = 5 trabalhos e depois sumir

Índia = 1 trabalho e sumir

Tudo isso num mês.

Nova York, meu lar, depois de anos finalmente voltei, mas apenas para dizer adeus,  visito todos os meus lugares favoritos, tiro fotos, recordações. Em seguida pego um voo para Washington, em seguida um táxi para a sede do FBI, vou me entregar.

Assim como o Red da série The Black List, também tenho minha lista negra, e estou prestes a lança-la ao público.

Chego na sede   do FBI, vou até a atendente e sorrio francamente.

- Olá, eu sou Ghost. Gostaria de falar com a Agente Especial  Tomas Graant.....

Logo sou algemada e levada para uma cela, não me importo. Horas depois sou levada para interrogatório, não falo nada. De volta a minha cela.

Um policial vem até mim e me analisa.

-Porque diabos se entregou se não fala nada? Pergunta ele já impaciente

-Porque deixei claro que falarei apenas com a agente Graant.

Dias se passam e nada acontece. Me recuso a comer qualquer coisa que me tragam, nunca sei o que podem ter colocado. Se estou com fome? Sim eu estou, mas não confio em ninguém aqui.

Ouço a porta da cela se abrir, mas ignoro, não estou afim de ver a cara do policial Bob hoje.

-Bob já deixei claro que  não quero falar com você, na realidade não suporto mais sua cara.

-Tenho certeza que Bob também esta cansado do você. Diz uma voz.

 Me viro para a porta e logo me levanto.

-Agente Graant. Que prazer conhecê-lo.... Agora podemos tratar de negócios, mas antes duas regras: Ninguém deve saber quem lhes deu as informações, e principalmente depois que isso acabar eu saio  livre e todos esquecem que eu existo.

-Sabe que não posso concordar com isso. Diz ele me olhando seriamente.

-Você não, mas seu irmão gêmeo, o presidente pode. Enquanto eu não tiver essa certeza eu não falarei mais nada.

-Mas sua primeira exigência era minha presença e agora surgem outras? Pergunta ele e não respondo.

Uma semana depois ele retorna com o documento assinado e então eu aceito falar.

Durante os dois anos seguinte, a Força Tarefa Genius capturou os Hackers mais perigosos do mundo, que trabalhavam para terroristas e outros grupos radicais que ameaçavam a ordem mundial.

Depois que o último nome da minha lista estava preso, o Agente Graant e seu irmão cumpriram a palavra e me deixaram partir. Eu havia os ajudado demais, era o mínimo que poderiam fazer.

Talvez eles tenham percebido o erro que cometeram ao me deixar livre dias mais tarde, quando uma pane atingiu todos os servidores e provedores de internet do mundo. A pane não durou mais de um minuto, mas foi mais que o suficiente para fazer uma revolução. Quando tudo voltou a ficar online, não haviam mais registros de dividas, não haveria mais cobranças, todas as contas de todas as pessoas do mundo foram liquidadas, zeradas.

Foi então que Graant e todos os demais perceberam que foram usados, enquanto os dava nomes dos meus rivais que poderiam me impedir de realizar meus planos, eu usava os servidores do FBI aos quais eu tinha acesso permitido, para conseguir  informações  vitais ao meu projeto.

Quando tudo acabou, eles sabiam que eu era a responsável, mas não poderiam me pegar, afinal eu sou Ghost, e não é possível pegar um fantasma.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Zero



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São 3:22 minutos de uma extremante fria madrugada de inverno,estou  num antigo prédio de estacionamento condenado apoiada numa pilastra esperando o momento de agir.Atrás de mim a cidade dorme tranquilamente,até mesmo os bandidos estão entocados com medo do frio,exceto meus alvos.

A minha frente vejo 8 contêineres serem descarregados de caminhões e então serem preparados para o voo.Oficialmente esse avião carrega doações recolhidas para as vítimas de um acidente nuclear que aconteceu semanas atrás,mas eu sei o que realmente contém nesses contêineres e de maneira alguma permitirei que esse avião decole,não permitirei que essa criança passem pelo que passei e sofram o que sofri.

Eu tinha cinco anos quando meu caminho cruzou com o dele,minha vida era perfeita,tinha pais amorosos,amigos que me queriam bem,eu gostava até mesmo da escola onde estudava,e foi nesse mesmo lugar que eu o vi pela primeira vez.

Ele chegou se apresentando como Andre Saldanha, grande agente de talentos,disse ser  responsável por inúmeros artista e famosos que na época estavam a moda.Ele escolheu algumas crianças para fazer um ensaio fotográfico  que seria então levado para alguns clientes escolherem.

E sabe o mais engraçado?Ele não mentiu sobre levar as fotos para os clientes dele,ele realmente levou.Mas em vez de agencias de publicidade e empresas a procura de atores e modelos para suas campanhas, os clientes de Andre era milionários pedófilos ao redor do mundo.

Sim o filho da puta era dono de uma rede de tráfico de pessoas e tinha como principal mercadoria crianças e adolescentes de até 15 anos,em sua maioria meninas que eram vendidas como escravas sexuais.

Eu fiquei feliz quando ele me escolheu para tirar as fotos,eu era inocente e meus pais não acreditavam que houvesse risco  sendo que vivíamos em uma cidade minuscula.

Uma tarde eu voltava da escola sozinha,a mesma ficava a duas quadras da minha casa quando ele me abordou,disse que eu tinha sido escolhida por um cliente e que faria uma campanha de uma marca de roupa infantil,me ofereceu carona até em casa para que pudesse contar para meus pais,foi quando o inferno começou pra valer.

Ele não me levou para minha casa,na realidade nunca mais vi meus pais,eles foram mortos semanas depois, não havia campanha nenhuma.Fui jogada  num porão sujo por sei lá quantos dias,fui maltratada e passei por torturas,até que fui enviada para meu comprador.

Não vou dar detalhes do que passei nas mãos daquele  velho pervertido,mas foram os 12 anos mais longos da minha vida. Doze anos nos quais fui abusada e humilhada todos os dias,na maior parte da vezes era apenas meu ''proprietário'' que fazia,mas em diversas ocasiões tive que suportar os abusos de vários homens e mulheres ao mesmo tempo.

Toda vez que eles acabavam comigo,eu me sentia suja e humilhada,mas também fazia crescer em mim um ódio e uma sede de vingança que apenas eu conheço e que me dava forças pra suportar tudo aquilo.

Durante anos eu tramei minha fuga,todos os dias eu procurava a oportunidade perfeita de fugir,eu tinha ''liberdade'' de andar pela casa,mas também aquilo era tão bem vigiado que eu nunca estava sozinha.Mas então numa noite de tempestade minha vida mudou mais uma vez.

Eu estava num quarto qualquer o maldito tinha acabado de me abusar mais uma vez,e dormia praticamente em cima de mim,eu tentei me desvincilhar dele e voltar  para meu quarto,mas recebi uma bofetada no rosto e ordens de permanecer ali,em outra circunstancia eu teria contrariado e voltado para meu quarto,mas ainda estava me recuperando da última surra então me calei.

Eu estava observando o teto quando ouvi barulhos estranhos do lado de fora,pareciam tiros,e logo depois uma agitação incomum dos guardas.Os barulhos de tiro estavam cada vez chegando mais perto,e nada do maldito despertar,tentei me soltar dele mais uma vez ao mesmo tempo que a janela  explodia e um vulto entrava no quarto.

O maldito acordou e procurou a arma que ele mantinha sobre o travesseiro,mas a mesma não se encontrava lá,quando saltei da cama,acabei derrubando a mesma e ela estava ao meu lado atrás da cama.Mesmo sem a arma ele tentou lutar com o invasor,mas depois de alguns golpes o ele foi jogado desacordado num canto do quarto,ao mesmo tempo que guardas forçavam a entrada do quarto.

O invasor então começou a arrastar o armário até a porta pra trancar os guardas,eu num impulso sai do meu esconderijo e fui ajuda-lo,só então ele notou minha presença.

-Quem é você? Esquece não quero saber,tenho que sair daqui e encontra minha equipe.

-Eu posso te ajuda. Sussurrei para ele,eu estava  com medo afinal sempre ousava levantar a voz eu era castigada - Sei como sair daqui,mas por favor me leva junto? Implorei para ele.

-Porque me ajudaria? É uma das vadias que servem a esses malditos e quer que confie em você?

-Sou uma escrava aqui,não quero estar aqui sou obrigada por aquele lixo ali,por favor me ira daqui,juro que só quero voltar para minha casa,nada de mais,te tiro dessa casa e em troca você me deixa em uma cidade longe daqui.

Ele não tinha opção além de aceitar minha ajuda,mas ainda sim se mostrava contrário a possibilidade de  aceitar minha ajuda.Cansada daquilo,fui até onde tinha deixado a arma escondida e a peguei apontando a mesma para ele,que imitou meu gesto,em seguida me virei para onde o filho da puta daquele maldito estava e disparei.

Na realidade eu descarreguei a arma na cara daquele desgraçado,só parei quando o pente se mostrou vazio,então caí de joelhos e chorei,eu estava livre,mesmo que não fugisse dali eu sabia que eles me matariam pelo que havia feito.

-Quer saber,me deixa aqui,eles vão me matar ao verem o que fiz e vou ficar livre de qualquer maneira. Falei baixo,derrotada,mas então senti meu corpo ser abraçado  delicadamente e meu rosto foi colocado contra o corpo do invasor.

Haviam e passado vários anos desde a última vez que eu recebera um abraço,então deixei cair minhas defesas de vez,apoiei minha mãos no colete a prova de balas que ele usava e chorei,ao mesmo tempo que ouvia sons de luta no lado de fora do quarto.

Pouco depois ouvi sons chiados no rádio que estrava preso ao colete mas não entendi o que era dito,sei que pouco depois a porta foi aberta por uma pequena explosão e que o invasor desconhecido me protegeu dos estilhaços,a última coisa que lembro antes de desmaiar,foi de o ouvir dizer para alguém:

-Ela vai conosco.

E depois a escuridão.

Acordei numa sala branca,uma luz forte estava sobre mim,o que dificultava eu abrir os olhos,mas assim que o fiz percebi que estava com uma camisola branca de hospital e que meu  braço estava preso a uma bolsa de soro.Pouco depois um rapaz entra no quarto e ao me ver acordada diz algo numa linguá que não entendi e sai do quarto.

Deitei minha cabeça no travesseiro,mas não cheguei a dormir pois logo a porta se abre mais uma vez e o Invasor,já que eu ainda não sabia seu nome,entra no quarto. Ele me explica que me trouxe a cidade esconderijo dos da Resistência,que é um grupo autônomo que combate criminosos ao redor do mundo,tipo mercenários do bem e que seu nome é Ryan.

Eu conto minha história para ele,que acredita e que se propõe a procurar por meus pais,coisa que como já disse não deu em nada apenas me confirmou que estavam mortos.Como eu estava  sozinha no mundo,Ryan me convidou para me juntar a eles e eu aceitei.

Passei os últimos três anos treinado para conseguir minha vingança,paralelo ao treinamento eu ajudava Ryan em algumas missões e me mantinha na cola de Andre.Ele já conseguiu fugir de mim uma vez,eu salvei as crianças mas não o peguei,mas hoje será diferente.

Pela mira o rifle o vejo saindo de uma sala,onde foram levadas duas meninas pouco antes,fechando o zíper da calça e acendendo um cigarro em seguida,sinto mais nojo dele ainda.Infelizmente o lugar onde ele esta não é campo aberto,seria arriscado demais atirar nele agora,tenho que esperar ele ir para o outro lado do  armazém.

Todos os guardas já estão mortos,cuidei deles mais cedo enquanto Andre fazia sua festinha,agora só falta ele,a policia já foi acionada e espera um sinal meu para  invadir o lugar,sim a policia sabe o que estou fazendo,eles também querem pegar Andre mas ele sempre escapa,então eles estão agindo de maneira mais direta para acabar com ele,e a maneira que eles acharam foi me dando cobertura.

Sei que a policia vai ficar com o crédito do que ocorrer aqui essa noite,mas não me importo,só quero o Andre morto.Vejo que ele lentamente se move para o outro lado,o perco de vista enquanto ele passa por trás de um galpão,mas logo o vejo de novo,ele agora fala no celular e parece preocupado olha por todos os canto procurando por algo.

Droga alguém deve ter descoberto sobre mim,mas agora é tarde,respiro fundo uma vez e enquanto libero o ar preso eu disparo a arma.

Vejo o sol amanhecer de meu lugar sobre a colina enquanto observo a policia resgatando as crianças que estavam presas nos conteinêres,é uma cena linda de se ver.

Sei que Andre não é o único que trafica pessoas,e podem ter certeza que vou atrás dos outros também,mas minha vingança esta completa,agora posso finalmente seguir em frente.Me celular vibra de encontro a minha mão, é Ryan.

-Fala chefe.

-Conseguiu?

-Acha que estaria falando com você se fosse diferente?

-Ótimo. Zero,tenho um trabalho para você.Estou mandando para seu celular.

-OK chefe.

Segundos depois chegam as informações,decoro as mesmas e deleto completamente  a mensagem,guardo o celular na mochila,pego meu capacete e o coloco,a chave já esta na ignição.Segundos depois estou cortando as estradas em direção a meu novo trabalho.

Pessoas más me transformaram em apenas um número. Hoje sou apenas Zero,e transformo pessoas más em mortos na minha conta.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Eu não te quero mais


Um dia, eu fui uma garota inocente que acreditou no amor, me apaixonei e o pior de tudo é que fui tola a ponto de acreditar que ele me amava também, mas tudo não passava de uma maldita aposta.

Humilhada, aproveitei que havia passado no curso de cinema e fui embora da cidade, semanas depois descobri que não havia partido sozinha, eu estava grávida.

Dez anos se passaram desde aquele  dia em que fui humilhada pelo cara que se dizia apaixonada por mim, eu tinha apenas 16 anos na época.

Hoje tenho 26 anos, sou uma famosa diretora de cinema, meus filhos gêmeos Aaron e Maria, são minhas paixões. Sou muito boa no que faço, apesar de minha pouco idade já tenho dois Oscars como diretora e vários outros filmes premiados, e hoje estou voltando para casa.

Aaron e a irmã dormem tranquilos, ela apoiada no ombro de Clint meu ''namorado'' e Aaron estirado numa poltrona a minha frente.

Conheci Clint na faculdade, foi ele que me ajudou logo na minha chegada já que não conhecia nada de Viena além de que estava grávida e sem rumo na vida. Ele me ajudou a me estabilizar e mesmo sendo um ator em ascensão na época ele não me abandonou. Quando Aaron e Maria nasceram já corriam boatos de que eu e ele estávamos namorando, ele como já amava meus filhos confirmou os boatos, mas só tem um pequeno detalhe que tenho que lhes dizer...

Clint é gay.

Sim também acho um desperdício já que ele é um GATOOOO, mas é verdade.
Clint registrou os bebês como se fossem dele e a mídia acredita, até eu mesma confirmo sem reservas, foi Clint que me ajudou a criá-los, então ele é o pai.

Nosso jato pousa no pequeno aeroporto, estamos aqui pois meu novo filme se trata de um drama romântico e minha cidade é perfeita para as gravações, todo o resto da equipe e do elenco estão a caminho, chegam na próxima semana, eu vim na frente para rever minha família e a cidade, já que fazem 10 anos que não coloco os pés aqui.

-Amor, acorda já chegamos. Digo para Aaron - Não quer conhecer a vovó? Continuo quando vejo que ele não vai mesmo acordar.

- El deixa que levo ele. Diz Clint para mim, sorrio e abro espaço para que ele pegue Aaron, Maria já esta acordada e segue comigo. Minutos depois já estamos no carro que aluguei a caminho da casa de meus pais.

A cidade continua a mesma, meus pais estavam a nossa espera na varanda, desço do carro antes mesmo de ele parar completamente e corro de encontro aos dois.
Horas mais tarde, meus pais já estão mimando Aaron e Maria, e meus meus filhos já estão extremamente a vontade na casa dos avós. Na hora o jantar resolvo falar um dos motivos que me levaram para casa.

-Mãe, eu realmente voltei para visitar todos aqui, mas também porque pretendo filmar meu novo projeto aqui. Queria saber se tem como hospedar toda a equipe aqui, já que é um dos poucos hotéis da região e o único aqui da cidade.

-Claro filha que são bem vindos aqui no hotel, mas não acha que nosso hotel é tão simples e não sei se vão gostar.

-Mãe eu já trabalhei várias vezes  com essa equipe, eles me acompanham a anos e acredite quando digo que este é um dos melhores lugares que ficamos.

-Teve uma vez que ficamos 3 meses dormindo em barracas durante a gravação de Coração Gelado. Diz Clint para minha mãe.

-Mas este filme não foi gravado na Islândia?

-Exatamente mãe. Digo rindo e a expressão no rosto dela é de descrença.

-Meu Deus.

-Mãe somos acostumados com isso, tudo em nome da arte.

-Você é maluca isso sim filha.

Não consigo segurar a gargalhada, logo sou acompanhada de todos ao meu redor, até que Maria vem até mim, esfregando o olhos e com carinha de sono me pede colo.

-Mas eles não vão juntos nas filmagens não é mesmo filha?

-Depende o lugar e a época do ano, mas nas perigosas eu vou somente com a
equipe.

Horas depois as crianças já estão dormindo no sofá mesmo, já resolvi todos os detalhes sobre a hospedagem da minha equipe ali mesmo no hotel, eu me despeço dele e vou para a casa que aluguei ali mesmo na cidade para o tempo que durarem as gravações.

A semana passa rapidamente, logo a equipe de filmagens começa a chegar junto com os equipamentos, finalmente dois dias depois chegam meus últimos atores que iriam viver os protagonistas juntamente com Clint. Dei dois dias de folga para todos descansar antes de começar as filmagens.

Desde que cheguei na cidade duas semanas atrás não vi ''ele'' nem mesmo uma vez, realmente estou nervosa por vê-lo, mas não por ainda ter sentimento por ele e sim pela possibilidade de ele descobrir a verdade sobre meus filhos.
Não existe praticamente nenhuma semelhança entre Pablo, o canalha que me humilhou anos atrás, com Aaron e Maria, apenas de ambos terem os olhos dele, no resto são cópias idênticas de mim..

- Clint, hoje temos reunião com o resto da equipe para resolver os últimos detalhes antes das filmagens. Aviso quando chego a cozinha.

 Clint assente e continua com os olhos no roteiro que esta em uma de suas mãos, enquanto a outra acaricia os cabelos de Maria que praticamente dorme apoiada na mesa, ela detesta acordar cedo.

-Mamãe podemos ir junto? Pergunta Aaron que diferentemente da irmã já esta totalmente desperto.

-Podem ir, mas vão ter que se comportar, estaremos trabalhando, entendeu?
Ele concorda e sei que ele realmente vai se comportar, eles foram criados assim.

Chegamos ao restaurante onde eu havia marcado a reunião da equipe, ao redor algumas pessoas em sua maioria jovens, tentavam conseguir uma foto ou um autografo de um dos atores que ali estavam presentes, mas eram impedidos pela policia e seguranças que eu havia contratado.

O restaurante é simples mas sei que é o melhor da cidade, mas assim que entro a primeira pessoa que vejo é justamente  que não queria ver.

Pablo continua lindo como sempre fora, os anos apenas lhe fizeram bem, e o analisando percebo que ele parece mais maduro que na época em que tudo aconteceu, mas já me enganei uma vez com ele e não cometerei o mesmo erro.

- Vejam só, a filha mais famosa desta cidade retornou ao lar. Diz a mocreia que esta ao lado dele, enquanto o mesmo me analisa.

-Que bom que reconhece que sou famosa, agora se puderem me dar liçenca, tenho uma reunião com minha equipe e meus filhos estão esperando para tomar café da manhã. Digo apontando para a mesa onde Clint e as crianças já estão junto com a equipe.

-Filhos? Pergunta ele pela primeira vez falando comigo.

-Sim, filhos, meus filhos. Digo passando por eles caminhando para a mesa, onde assim que chego Clint se levanta e passando a mão pela minha cintura me dá um beijo apaixonado para logo depois me soltar e sorrindo puxar a cadeira para mim.
Pelo espelho que faz parte da decoração do restaurante vejo Pablo sair pisando duro do local.

Finalmente resolvemos todos os detalhes das filmagens que começariam no dia seguinte, tendo que trabalhar no dia seguinte, resolvi aproveitar meu último dia de folga com meus pequenos.

Passeamos pela cidade apenas nós três, já que Clint havia ficado com  os demais atores em uma espécie de oficina que eles faziam antes das filmagens. Mostrei para meus filhos cada canto da cidade, todos os lugares que marcaram minha vida, a escola onde estudei, o bar onde eu costumava me encontrar com meus poucos amigos, mostrei a fazenda onde de meus pais onde eu cresci, finalmente quando se aproximava o pôr do sol pegamos os cavalos e fomos até a barragem.

Dali era possível ver toda a cidade sendo banhada pelos raios dourados do sol que se punha, depois deste espetáculo, que com toda certeza eu usaria para meu filme, voltamos para casa  e as crianças logo tomaram banho e foram para a cama.

-Estão exaustos. Diz Clint chegando até mim e me entregando uma taça de vinho

-Totalmente. Digo me sentando junto dele e logo sendo abraçada.
Aspirei seu cheiro várias vezes enquanto ele beijava minha cabeça.

-Obrigada. Digo para ele.

-Pelo que? Pela taça de vinho?

-Sabe que não estou falando disso. Obrigada por existir, por ser meu melhor amigo, por ter me ajudado quando mais precisei, por amar meus filhos, obrigada por tudo.

- Não precisa agradecer amor, sabe que eu faria tudo por você e pelos pequenos, vocês são a família que nunca tive. Diz ele me abraçando mais forte -Vamos  dormir, amanhã acordamos cedo. Diz ele se levantando comigo no colo.

-Clint me põe no chão, sabe que tenho medo de altura. Digo me agarrando mais a ele.

- Que altura? Pergunta ele

-Você seu gigante de dois metros de altura. Sério me coloca no chão. Ele não obedece e continua me levando no colo até minha cama, onde ele me deposita, beija minha testa e vai para o próprio quarto.

Acordo no dia seguinte antes mesmo do sol nascer, mas isso já era normal para mim, sempre acordava elétrica em dias de gravações, no primeiro dia de um novo trabalho então eu mal conseguia dormir.

Já estava pronta para sair com Felipa chegou para ficar com os pequenos, ela era a babá deles, mas estava de férias visitando a família na Itália. Felipa era uma pessoa especial, ela havia largado uma vida de fortuna e riqueza na Itália para tentar a sorte sozinha nos EUA e com a minha ajuda ela conseguiu. Formada em administração ela poderia estar trabalhado em uma grande empresa, mas se contentava em ser a babá dos meus pequenos, certa vez ela me disse que dinheiro ela já tinha agora queria fazer o que gostava ou seja cuidar dos meus pequenos, logicamente eu aceitei.

-Lipa tô indo, quando Clint acordar avisa ele que estou no set tá bem?

-Pode deixar que aviso sim. Espera - Grita ela ao me ver indo para a porta - Você esqueceu seu café. Finaliza me entregando minha caneca térmica.

-Obrigado Lipa, você é um anjo. Digo beijando sua bochecha e saindo em seguida.

Dizer que meu dia foi puxado é pouco, porque eu quase morri de cansaço, hoje parecia tudo dar errado: Primeiro uma grua precisou de manutenção, depois uma atriz passou mal com dor de estômago. No começo da tarde eu já estava arrancando meus cabelos, decidi parar as gravações por algumas horas para a equipe almoçar e eu me acalmar um pouco.

Depois do almoço as coisas se acalmaram um pouco, mas ainda estavam no limite do tolerável. Mas essa equipe já estava acostumada com meu temperamento, trabalhavam comigo desde o meu primeiro trabalho, os únicos novatos ali eram os atores, mas esses aprenderiam rapidamente o meu estilo.

Naquele dia não haviam cenas noturnas, então quando bateu seis horas da tarde eu finalizei os trabalhos do dia e mandei todos pro hotel, voltando para casa logo depois.

Aaron e Maria estavam a minha espera na porta como sempre, abracei e beijei muito eles, depois eles me levaram para ajudá-los com o dever de casa, já Clint estava fazendo o jantar uma vez que não tinha cenas hoje.

Pouco depois nós jantamos, colocamos as fofocas em dia e fomos dormir, já que eu estava tremendamente cansada, dormi sabendo que o dia seguinte seria a mesma coisa ou até mesmo pior.

A primeira semana se passou rapidamente, tive problemas com uma atriz e acabei mandando ela embora, então tive que colocar outra em seu lugar mas sou precavida e sempre tenho atores pré escalados para esses imprevistos, depois disso tudo entrou nos eixos.

Na minha vida particular as coisas não estavam tão simples assim. Haviam vazado algumas fotos de Clint com um outro rapaz, eu sabia que eles saiam juntos e isso nunca me preocupou até porque Clint e eu somos apenas amigos, mas as perguntas, cada vez mais pessoais começavam a me irritar. Do outro lado, Pablo também era um problema.

Ele estava tentando se aproximar de mim mais uma vez, mas eu não lhe dava abertura, já não o amava mas a mágoa ainda estava no meu coração. A namorada dele também não gostava e sempre me lançava olhares de ódio que eu ignorava, minha consciência estava limpa.

Um mês do início das gravações levei Aaron e Maria para o aeroporto já que o recesso escolar deles estava acabando, depois voltei para o set.

Naquele dia as cenas eram todas noturnas então dei o dia de folga a todos menos aos atores, com eles tive uma reunião sobre cena de mais tarde.

A trama do filme girava em torno de um triangulo amoroso, basicamente um homem  se apaixonava pelo namorado da melhor amiga, mas esta amiga era apaixonada pelos dois e a trama mostrava a luta deles para que seu relacionamento fosse aceito pela pequena cidade onde eles viviam, Clint era o personagem principal juntamente com Neiome e Petter, esse último era bissexual, o que facilitava em muito as filmagens.

-Não tenho outra escolha, a ordem de restrição é a única solução Clint. Digo depois de Pablo ser barrado mais uma vez pelos meus seguranças, faltam ainda dois meses pro fim das filmagens e não vou suportar isso todo maldito dia.

-Mas se fizer isso ele vai pensar que ele ainda meche com você e vai insistir. Rebate.

-Verdade, me desculpa Clint, mas só de imaginar que ele descubra sobre os meninos eu me estresso. Eles nunca saberão que o pai biológico é um filho da puta.

 -Hey, olha pra mim - diz Clint virando meu rosto para ele - Eu sou o pai do nossos pequenos, nada e nem ninguém vai mudar isso, esta bem?
Concordo com ele e me apoio mais uma vez em seu pai e ele me abraça.

-Não sei o que faria sem você Clint.

-Nem eu sem você pequena. Ele beija minha testa.

Os dias correm e as fofocas e boatos sobre a sexualidade de Clint aumentam, tentamos ignorar mas a desconfiança esta começando a atrapalhar as gravações, até que Clint resolve colocar tudo em partos limpos com a equipe e o elenco, todos aceitam  numa boa e as filmagens seguem.

Ultima semana de filmagens, em breve estaremos longe dessa cidade, a mídia ainda cai matando em cima de Clint e nosso relacionamento, mas eu nem ligo, sou livre pra tomar minhas decisões e minhas amizades. Ultimo dia de filmagens, um novo escândalo ocupa a mídia e  podemos respirar melhor.

Estou organizando uma festa de despedida para todos os envolvidos no filme, a noite totalmente estrelada é perfeita para uma comemoração. Quando acaba a festa volto pra o hotel dos meus pais onde estão minhas coisas e deito junto com Clint e adormeço quase imediatamente, já que estou partindo no dia seguinte.

Horas depois já estou no aeroporto, Clint foi despachar nossa bagagem, quando sinto uma mão tocar  meu ombro, me viro e dou de cara com Pablo.

-O que faz aqui? Pergunto seca

-Vim me desculpar. Responde ele. -não só por ter ficado te enchendo o saco enquanto esteve na cidade, mas por tudo, principalmente dez anos atrás.

-Não quero seu pedido de desculpas, o que você me fez não tem perdão Sr. Shadow,aceitou um aposta para me levar para a cama, me humilhou perante a cidade inteira ao revelar fotos íntimas minhas. Mas sabe o pior? Você brincou com meus sentimentos, usou e jogou eles fora. Mas até que te agradeço por isso. Graças ao que você me fez eu fui embora dessa cidade, consegui ser feliz e acima de tudo me deu meus filhos, que são minha vida, então obrigado. Mas agora me dê licença que tenho que ir.

-Você não pode ir. Disse ele segurando meu braço mais uma vez - Eu te amo, te quero para mim. Disse ele olhando nos meus olhos.

-Então temos um problema porque eu não te amo e principalmente eu  não te quero mais. Finalizei arrancando meu braço de sua mão e indo até onde estava Clint a minha espera.

-Algum problema? Pergunta ele assim que chego.

-Não apenas estava colocando um ponto final numa coisa que já durou tempo demais. Disse eu e o acompanhei para a área de embarque.

sábado, 10 de setembro de 2016

As Gêmeas de San Martin - Capítulo 1


San Martin, 13 de janeiro de 2011, hora 00:00

Karina pega na mão da irmã e ambas saem na noite fria de inverno, sabem que terão que andar alguns km até o ponto de encontro, mas ainda sim não se desesperam, sabem que estão fazendo o certo, nunca acreditariam nelas se contassem a verdade, então elas preferem fugir.

Ambas são gêmeas, tem 13 anos, cabelos castanhos,  olhos negros, sim negros. Não levam muita coisa de casa, apenas suas mochilas com algumas roupas e pertences pessoais, algum dinheiro que juntaram de suas mesadas nos últimos seis meses. Seis meses nos quais elas estiveram esperando por esse dia, o dia em que elas ficariam livres.

Pouco mais de uma hora depois elas chegam ao ponto de encontro, e lá já estão a suas espera, rapidamente o homem vem até elas e as abraça, logo em seguida pega a mochila das meninas e coloca sobre o ombro e conduz as mesmas para o furgão que esta camuflado, elas entram e pouco segundos depois o mesmo esta em movimento, levando as meninas para um novo começo.

No dia seguinte dona Silvia vai ao quarto de suas filhas acordá-las para a escola, mas os quartos estão vazios, em cima da cama de Karina esta apenas um pedaço de papel com a frase:

''Nunca mais''

Logo a policia foi chamada pela mãe que estava inconsolável, foram organizadas buscas por todas as regiões da cidade, todos ajudaram, exceto Ricardo e Tadeu primos das meninas que apenas ficaram conversando em canto, falavam baixo e em tom de urgência.

Dias depois, dois corpos foram encontrados nas proximidades do lago da barragem. As características  batiam com as de Karina e Marília, não foi feito sequer um exame para comprovar a identidade das meninas, sendo assim as buscas foram encerradas e as meninas declaradas mortas.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

I'm a Monster

Resultado de imagem para pontes ferreasMonstro, era assim que ela se sentia depois de tudo. Todos aqueles anos fazendo aquilo que não queria e agora ela estava prestes a ser livre.

Tudo começou quando ela ainda era um bebê, ela fora sequestrada e seus pais mortos logo depois. Ela era apenas um tímido e puro bebê quando foi jogada na parte feia do mundo.

Essa pureza durou pouco e quando ela fez 3 anos, o inferno dela começou.

Ela foi separada das demais crianças e jamais tornou a vê-las, foi lançada ao treinamento  e tortura.

Ela chorava, implorava para que as surra e os maus tratos parassem, mas aquele maníaco nunca a ouvia, sentia prazer em torturar a criança.

Várias vezes ela pensou que iria morrer, não que isso fosse uma coisa ruim já que assim o pesadelo terminaria, mas ele sempre parava antes de ela conseguir morrer.

Quando ela fez 8 anos, já não sentia mais as torturas, havia se acostumado com as dores constantes.

Foi quando a segunda fase do treinamento começou, lutas, armas, informática, biologia, química, tudo que eles julgavam necessário uma ''coisa'' como ela aprender, eles ensinaram para que ela se tornasse a arma perfeita.

Com 12 anos o treinamento finalmente estava completo, finalmente eles estavam satisfeitos com o mostro que haviam criado.

Ela então foi vendida num leilão de armas, por um preço bem gordo, mas também, ela era a arma perfeita. A partir daí, ela recebia uma ordem e cumpria, sem fazer perguntas.

Assim se passaram vários anos, mas então um dia ela se cansou e se voltou contra seus criadores, em uma festa que estavam todos os envolvidos com aquilo que ela sofrera, ela enlouqueceu e matou todos, ninguém saiu dali com vida.

E agora aqui esta ela, sobre esta ponte férrea, prestes a pular.

Ela sabe que para si não existe salvação, não existe perdão para monstros como ela. Não havia perdão para os crimes e as barbáries que cometeu, as vidas inocentes que havia tirado.

Ela estava livre dos monstros que a haviam criado, o mundo estava livre deles também, afinal estavam todos mortos.

E logo ela se juntaria a eles......

Mas agora ela só queria sentir o vento que batia em seu rosto junto com a fina garoa que levava as lágrimas consigo ao cair sobre o rosto dela.

Ela queria ser livre por mais alguns segundos, aproveitar ao máximo a liberdade que agora tinha.

Mas  ela já podia ouvir o trem ao longe, sabia que a hora estava chegando, então quando ela viu o trem saindo do túnel poucos metros além dela, ela saltou.

 Não ouve dor quando ela se lançou ao vazio, apenas alívio, finalmente ela estava realmente livre.

A menina fria que a sociedade ajudou a criar

Resultado de imagem para a menina fria q a sociedade ajudou criarControle.


Sim a vida dela se resumia a isso, controle.

Mas se você pensa que ela era controlada por outras pessoas, esta enganado, ela não era, ou pelo menos não mais.

 Se pensa que ela recebia ordens e era obrigada a obedecer por medo, esta errado.

Se pensa que ela tinha vários inimigos, errou outra vez, o maior inimigo desta garota era sua mente, suas memórias.

A jovem aprendeu desde sempre a mantar-se sobre controle, nunca mostrar o que realmente sentia. No início apenas para não sofrer com a perda daqueles que amava, mas depois ela percebeu que assim era mais fácil, esconder o que sentia, assim as pessoas não julgavam, não apontavam e não riam dela.

E assim o que era uma válvula de escape, se tornou permanente, um modo não  de viver, mas sim sobreviver.

Os anos passaram e ela cresceu, tornou-se cada vez mais natural para ela esconder o que sentia e o que pensava, e isso era bom, até certo ponto.

Todos agora a julgavam mais uma vez, mas agora julgavam porque ela era fria e sem sentimentos, mas eles não sabiam o que realmente se passava no interior da jovem.

Ela se mostrava fria, arrogante, calculista, mas apenas por ser assim a a sociedade a havia transformado.

Quando ela percebeu que não importava o que ela fizesse nunca seria aceita pela sociedade, ela chorou. Chorou porque sabia que não havia mais esperanças, e com este pensamento seu coração se partiu em milhares de pedacinhos. Ela até pensou em juntar os cacos em que havia se transformado seu coração, mas para que se ele seria partido de novo?

Neste momento ela desistiu.....

Hoje ela segue por ai, com um sorriso frio nos lábios e uma expressão fechada, óculos escuros, fones de ouvido, celular no bolso traseiro de seu jeans apertado, uma regata e nos dias frios um sobretudo preto, uma bota solto 15 completa o seu look.

A garota que aprendeu a não demonstrar sentimentos finalmente se tornou aquilo que a sociedade esperava dela... um ser frio e sem emoções, pelo menos externamente.

Mas por dentro ela sente seu coração partido sangrar toda vez se sente um olhar de ódio da sociedade sobre si.

A sociedade finalmente concluiu sua missão, transformou uma menina frágil e sonhadora em um monstros frio e ameaçador, mas em contrapartida agora ela tem que lidar com esse monstro, que ajudou a criar.

sábado, 3 de setembro de 2016

Royal Defender

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Não sei nem porque diabos estou escrevendo isso,mas vamos lá.

Estou em um lugar escuro e sujo, provavelmente um antigo porão da cidade velha, esperando por socorro, mas provavelmente vou encontrar minha morte apenas. Mas estou feliz,sim eu provavelmente vou morrer aqui, mas eu cumpri minha missão, o príncipe esta a salvo e logo será coroado.

Tudo começou com a guerra...

Eu tinha doze anos quando a guerra explodiu, sabendo que muito em breve, com 16 anos, eu teria que me juntar ao exercito meu pai levou a mim e meus irmão mais novos para treinarmos, apesar de que Myo e Thor nunca participariam sequer de uma batalha.

Durante os 4 anos seguinte nós treinamos, eu especificamente, me tornei mestre em toda e qualquer arma e estilo de luta, eu era capaz de derrubar meus irmão e meu pai em menos de dez segundos. Mas então eu fiz 16 anos e como manda a lei tive que ir para a Capital ficar a disposição do exercito real.

Estranho não é que a única moça da família tenha que ir para a guerra enquanto seus irmãos homens ficam em casa em segurança. Mas aqui onde eu nasci não tem essa diferenciação de gênero, aqui o que conta é a ordem de nascimento. Aqui o filho primogênito tem que ser posto em disposição para a coroa em caso de guerra. Ninguém lembra de onde surgiu essa lei, mas esta tão cravada na memória de todos que ninguém tenta ir contra.

Quer dizer, algumas mulheres e moças vão as ruas e fazem petições para que suas primogênitas não precisem ir para a guerra, mas eu, diferentemente delas, nunca imaginei minha vida que não fosse como soldado.

Faz um ano que fui convocada, neste meio tempo já estive várias vezes em batalha, já que com meu treinamento fui mandada direto para um pelotão e não passei pelo ano de treinamento que geralmente os novatos recebem.

Logo na minha primeira batalha eu praticamente entrei em choque. Uma coisa é você imaginar a luta,outra  é você vivê-la na pele. Com os corpos sendo despedaçados a seu redor, ou você mata ou você morre. Obviamente eu escolhi matar, caso contrário não estaria aqui escrevendo.

Sempre fui um bom soldado, cumpria as ordens mesmo que não concordasse com as mesmas, ali eu era apenas uma maquina de matar, todos éramos e o General havia deixado isso claro logo no primeiro dia.

No dia em que tudo mudou eu estava na escola, sim escola, pois quando não estávamos em batalha ou nos treinamentos, nós íamos a escola, mas enfim, alguém bateu na porta da sala onde estávamos, o professor atendeu e logo depois me chamou, sem entender nada eu segui o soldado que estava na porta.

Ele me guiou para fora da escola e pela cidade, eu não acreditei quando percebi que ele me levava direto ao palácio, não entendia o que o rei poderia querer comigo já que apenas quem era chamado pelo rei poderia entrar no Palácio.

Segui o soldado por centenas de corredores, quando já não aguentava mais andar chegamos, a uma porta. Ele bateu  na mesma e aguardou, eu atrás dele apenas esperei. A porta se abriu e o soldado fez sinal para que eu entrasse, eu dei os ombros e entrei, a porta tornou a se fechar logo que por ela passei.

Se alguém tivesse contado a mim o que me aconteceria a partir dali, eu talvez não tivesse entrado, eu teria dado as costas, deixado a Palácio e voltado para a escola.

Quem eu quero enganar? Eu teria entrado do mesmo jeito, nunca tive juízo ou instinto de auto proteção.

Segui por aquele corredor até que cheguei numa câmara, me surpreendi quando me encontrei perante ao Rei e a todos os seus Conselheiros.

O Rei me pediu um favor naquele dia, disse que apenas eu era capaz de fazer aquilo, que não confiaria em outro soldado para fazer aquilo. Ele implorou de joelhos que eu trouxesse seu filho a salvo para o lar.  O mesmo estava do outro lado do país, a salvo da guerra, mas o rei estava doente e queria passar a coroa para o filho antes de morrer para que nenhum golpista pudesse usurpar seu trono.

Minha missão seria simples, eu iria até onde o príncipe estava visitando sua noiva e o guiaria através das montanhas até o palácio. Sim assim eu faço parecer fácil, mas não o era.

Para fazer isso, eu precisaria atravessar todo um país em guerra, chegar até uma cidade fortemente protegida e tirar o príncipe de dentro dela, depois disso feito eu teria que o disfarçar também, e juntos cruzar uma cadeia de montanhas, cujos picos poderiam atingir até 1500 metros e então, se ainda estivéssemos vivos, passaríamos por um campo de batalha inimigo até onde nossos soldados estavam baseados e poderiam nos dar proteção.

Eu admito que fui idiota, mas aceitei o pedido do Rei.

Estranhamente as primeiras fases do plano saíram-se bem. Eu cruzei o país sozinha indo até onde estava o alvo e o tirei de lá, nem eu mesma sei como fiz este milagre, até mesmo no início  das montanhas conseguimos nos virar, mas quando chegamos a última parte das mesmas, as coisas se complicaram.

Estávamos preparados para enfrentar saqueadores, ladrões e todos os tipos de gente fora da lei que vivia nas montanhas, mas o que podíamos fazer quando encontramos um acampamento dos soldados inimigos bem na rota que precisávamos seguir?

Eles patrulhavam a área, não tínhamos onde nos esconder, tivemos que pegar uma rota alternativa através da parte mais fechada da floresta, aí que as coisas complicaram de vez.

Já faziam dois meses que viajávamos juntos, eu estava a cinco meses fora de casa, então eu e o Príncipe acabamos por criar uma amizade. Numa certa noite fria, decidimos ir contra o bom senso e acender uma fogueira a noite. Não foi uma boa ideia, fomos descobertos e tivemos que lutar e matar para sairmos   de lá, mas o estrago estava feito e passamos a ser perseguidos.

Não tínhamos mais paz ou descanso, estávamos sempre em alerta e armas em punho. Conseguimos sair das montanhas e chegamos ao campo inimigo. Estávamos a apenas 2 horas de alcançar nossos soldados quando fomos avistados pelos inimigos, não poderíamos contra um batalhão, sendo assim mandei o Príncipe seguir o caminho que planejamos e fiquei para enfrentar os inimigos.

Era suicídio eu sabia, mas não havia me sacrificado tanto até aquele momento para fracassar. Consegui derrubar os oito soldados do grupo de buscas e dar assim a chance do príncipe escapar antes de os reforços chegarem e me prenderem.

Hoje fazem três semanas que estou sendo mantida aqui neste lugar, nesta masmorra,eu queria que eles tivessem me matado no campo de batalha, mas não, eles me trouxeram para cá e a cada dia inventam uma nova tortura. Eu já não tenho dois dedos em uma mão, devo ter vários ossos quebrados,já perdi a conta de quantas vezes tentaram me afogar.

Acho que eles perceberam que não vou falar nada, pois na última vez me entregaram junto a um pedaço velho de pão uma faca dizendo que se eu fosse corajosa eu poria um fim a minha vida, pois senão eles dariam. Mentiria se dissesse que não pensei em dar um fim a minhas torturas, mas não serei covarde a esse ponto.

Note que em momento algum eu disse meu nome, e isso se deve a duas coisas, primeiramente  se este papel não chegar até o mar não quero que ninguém saiba meu nome, não darei a eles este prazer, em segundo lugar meu nome não importa, apenas importa o que eu fiz.

Assim que terminar de escrever pretendo lançar esta garrafa no mar que bate na janela, muitas vezes molhando meu cativeiro. Já posso ouvir passos se aproximando, não sei se são os meus carrascos, ou se alguém veio em meu socorro, mas em todo caso, vou colocar este papel dentro de uma garrafa velha que venho guardando e lança- la ao mar.

Não sei se sobreviverei, mas alguém tem que saber esta história, mesmo que pense que não passa de invenção. Não quero que minhas ações em prol do fim desta guerra caiam no esquecimento..........

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Este é o conteúdo de uma garrafa que encontrei boiando no mar a algum tempo atrás, o papel estava todo amarelado mas as palavras estavam nítidas como se tivessem sido escritas ontem. Não sei o que ouve com  a pessoa que escreveu a carta, não sei nem mesmo se ela existiu, mas todas as vezes que a leio, eu desejo que ela tenha sido salva

Dark Angel

  

   E se você acordasse em um dia qualquer, e toda sua vida mudasse de um dia pro outro só por causa de um simples amuleto ? Pois bem, essa é minha história, o dom que infelizmente ou felizmente carrego até hoje.
   
   Tudo começou  em um dia nublado, estava vindo da escola, e resolvi pegar um atalho pela floresta, estava andando tranquila, com meus fones de ouvido, cantarolando uma melodia qualquer, até que tropeço em algo e me xingo baixinho por eu ser tão distraída, olho para baixo dos meus pés e fico surpresa com o que vejo, era um colar, era redondo e tinha um strass o fundo era preto um preto meio brilhoso, eu dei de ombros e peguei para mim, amarrei em meu pescoço e após eu ter feito e eu podia jurar que uma sombra de uma silhueta por entre as arvores, franzo as sobrancelhas e dou de ombros achando que é coisa da minha cabeça, deixei de lado e continuei meu caminho.
   No dia seguinte, eu acordei me sentindo um pouco mal, após eu me levantar, sinto uma pequena tontura e me sento novamente e sinto como se minha cabeça tivesse rodando, de repente começo a me sentir como se alguém estivesse me sufocando, chamo por minha mãe, e a mesma me aparece e me olha assustada:
- Seus olhos, estão pretos ! -Eu a encaro com um olhar de medo, antes de eu falar algo um grito escapa por entre meus lábios-

  Sinto uma dor aguda em minhas costas, olho para atrás e fico assustada após ver asas, asas negras, com pena sedosos !

   Lembro daquele dia como se fosse ontem, tudo que eu tocava virava cinzas ou se destruía, pessoas que eu tocava elas simplesmente desmaiavam...sem vida ! Mais com o tempo aprendi a me controlar, minha mãe havia me expulsado me chamando de aberração tive que me virar sozinha...mais claro, tive ajuda de outros como eu, que segundo o que me falaram éramos conhecidos Nephilins, e hoje sou conhecida como Dark Angel , a guardiã dos pecados e nesse exato momento estou me preparando para o apocalipse, guerra entre Demônios e Anjos mais pelo jeito nos Nephilins iremos entrar nessa e só uma raça sairá vivo dessa .

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O retorno dos mortos

   
       Eu realmente acredito que no mínimo de um feitiço de estouporar eu vou ser
vítima hoje, mas não posso reclamar, no lugar deles eu faria a mesma coisa.

- Nossa até parece que é você que vai se revelar. Diz Sirius passando a mão e bagunçado meu cabelo.

- Você também estaria se estivesse no meu lugar. Eles vão me matar por ter escondido vocês por tanto tempo.

- Mas você não teve outra escolha, recebeu ordens pra isso. Disse Fred, pela primeira vez sem o tom brincalhão em sua voz.

- Sim, mas eu assisti  da primeira fila eles sofrerem e não fiz nada, nem sequer na guerra eu lutei.

- Não diga bobagens, você lutou sim, nos escondeu de tudo e todos, nem mesmo aqueles malditos Comensais  foram capazes de descobrir que estávamos vivos.

- Talvez porque não estivéssemos. Disse Snape

- Nossa Severo, muito bom saber que você dá todo esse valor aos meus esforços  para salvar o seu traseiro.

- Com um vira tempo qualquer um é capaz de voltar no tempo, só não sei poque aqueles idiotas do ''Trio de Ouro'' não pensaram em fazer isso. E já disse para ter mais respeito e me chamar de professor Snape, garota insolente.

- Chamo da porra que quiser Severo, até porque nunca fui sua aluna e nunca lhe chamei de professor, estudei em Castelo Bruxo no Brasil, se você não sabe e....

Vamos cortar a discussão por aqui e deixar ela ocorrer em segundo plano, assim eu posso explicar já que ninguém parece estar entendendo nada.

Esses que estavam discutindo comigo são ninguém mais ninguém menos que Sirius Black, Severo Snape, Fred Wesley, tem também a Tonks e o Lupin, mas eles estavam ocupados demais no banco traseiro do carro pra discutir comigo.
Vocês podem estar se perguntando mas como? Eles morreram na guerra contra Voldemort, como podem estar vivos? Eles forjaram as mortes?

E a resposta é: Sim são eles, sim eles morreram, e não, não forjaram as mortes.
Mas então como estão aqui?

Bem, eu salvei eles.

Me chamo Violet Stum, sou uma bruxa nascida trouxa, nasci no Brasil,e estudei no Castelo Bruxo, como já citei. Sempre fui a melhor da turma, sempre muito mais adiantada que meus coleguinhas de turma.

No meu terceiro ano fiquei sabendo de toda aquela história do Potter e seus amiguinhos bobos, hey não me levem a mal, eu gosto deles, mas são bem bobinhos, mas voltando.

Nessa mesma época fui chamada para fazer parte de um grupo de estudos que pouco tempo depois se tornou uma equipe secreta sobre as ordens do ministério, eu era a única estudante ali, mas não ficava muito para trás.

Nossas pesquisas envolviam, em sua maior parte, a criação de feitiços, mas também haviam pessoas ali que  eram responsáveis pela criação dos vira tempo, eu assessorava ambas equipes. Foi dai que tirei a ideia de criar um feitiço de viagem no tempo e depois de vários anos de estudo, eu consegui, criei o primeiro feitiço de viagem temporal e, na época, era a única capaz de realiza - lo.

Meses depois da descoberta o Ministro da Magia apareceu juntamente com Dumbledore, o Ministro queria saber se era verdade que eu sendo uma simples aluna do sétimo ano, havia criado um feitiço tão poderoso, já o Diretor, queria me pedir algo.

Nesta época, faziam cerca de 3 meses que Potter e os demais havia, enfrentado os Comensais na sala de mistérios do Ministério, ou seja, fazia 3 meses que Sirius estava morto. Minha missão era simples, eu tinha que salvar Sirius sem que ninguém percebesse. Levei duas semana para encontrar uma maneira de fazer isso, e a maneira foi simplesmente criar um holograma do espelho que ''engoliu '' Sirius.

Sim, era algo ''simples'',mas funcionou perfeitamente. Estouporei Sirius no momento que ele atravessou o espelho, e o então aparatei  para o Castelo Bruxo. Quando Sirius acordou, eu expliquei tudo para ele e o mesmo aceitou ficar escondido.

Tempos depois recebi outra missão semelhante, mas dessa vez eu fracassei, não consegui salvar Olho-Tonto.

A guerra ficava  cada vez mais difícil, Harry, Hermione, Rony, e toda a Ordem da  Fênix lutavam, eu mesma tive que ajudar a defender o Castelo Bruxo, nessa época eu já havia me formado e morava em uma lugar afastado tendo apenas Sirius, sempre em forma canina, como companhia já que ele me acompanhava.

Eu era uma espiã do Ministério, agia sempre nas sombras buscando informações que pudessem ajudar o mundo bruxo a permanecer livre, mas também tinha outras tarefas. Cabia a mim levar pessoas importantes para locais seguros.
Fui eu levei os tios de Harry para um lugar seguro, fui eu que ajudei os  Granger a se afastarem da zona de perigo, mesmo que eles não soubessem disso. Eu vi a guerra se tornar cada vez  mais voraz, mas não podia me revelar.

Então chegou a batalha final, a que me deu mais trabalho. Muitos morreram nessa batalha, pessoas importantes para o mundo bruxo.

Não estranhei quando chegou uma coruja com várias cartas, eram fotos das pessoas que eu teria que salvar, mas tudo era muito recente, não conseguiria salvar todas de uma vez, então fui por ordem de morte por assim dizer. Primeiro salvei Snape, uma vez que ele foi o primeiro a morrer, depois Tonks e Lupin, Fred foi  último, mas apenas porque as viagens temporais me cansavam demasiado e eu tinha que me recuperar entre elas.

Na última viagem que fiz, acabei sendo gravemente ferida,mas ainda sim consegui levar Fred salvo para minha casa. Passei os próximos três meses me recuperando dos ferimentos e esperando a ordem para levar meus protegidos de volta para Londres.

Demorou mas finalmente a ordem, hoje faz um ano que a SGB acabou, é também o dia em que  Sirius, Fred, Tonks, Lupin, e até Snape voltaram para suas vidas.

Agora que esta tudo explicado, voltamos ao carro.

- Tá chega de briga. Não me importo de como tenho que chamar vocês, só quero sair viva da Toca hoje.

- Não se preocupe Violet, mamão não vai te matar, talvez te jogue um Cruciatos, mas matar claro que não.

Revirei os olhos e voltei a me concentrar na estrada.

- Ela não terá a chance de fazer isso Fred, eu não vou me mostrar.

- Como assim? perguntaram todos ao mesmo tempo, inclusive Snape e o casal que se pegava.

- Vocês são os únicos civis que sabem sobre mim, mas não sei e estou pronta para que os outros saibam do que sou capaz.

- Nem pensar,você vai entrar sim conosco, eu estava brincando sobre ela te matar. Disse Fred ao mesmo tempo que  colocava a mão no meu ombro.

- Não é opcional você negar. Se Molly descobrir que você salvou todos nós e não a levamos para conhecê-la, ela nos mata.

- Nem por Merlin, não quero ter que salvar vocês de novo. Ok eu entro com vocês, mas não vou ficar muito tempo.

- Você que acha. Sussurrou Fred.

Ainda faltavam várias horas de viagem pela frente, mas a fome começou a apertar, decidimos parar em uma lanchonete, até porque estávamos vivendo como trouxas e trouxas fazem isso. Depois de devorarmos alguns vários cachorros quentes, seguimos viagem, desta vez Snape estava  ao volante, nem sabia que ele tinha habilitação, mas estaa cansada demais para discutir.

Horas e mais horas depois, finalmente chegamos a Toca, hoje era dia de festa, celebravam o batizado dos gêmeos filhos de Fleur e Carlinhos.

- Acho que eles vão ter mais cinco motivos para comemorar hoje. Digo enquanto saíamos do carro e colocávamos nossas capas, era um dia frio apesar do céu claro e do sol brilhando.

Enquanto nos aproximávamos  vários olhares se voltaram a nós, varinhas foram erguidas em nossa direção e os membros da Ordem se posicionaram em frente aos convidados da festa.

- Podem abaixar essas varinhas, não vim trazer nem procurar confusão. Disse eu enquanto tirava meu capuz e mostrava meu rosto. Me chamo Violet Stum, sou uma uma bruxa especializada como viajante do tempo e vim trazer alguns convidados extras para a festa de vocês.

Quando disse isso Sirius, Snape, Fred, Tonks e Lupin tiraram o capuz de sobre seus rostos, exatamente como havíamos planejado, não me julguem eu sou uma pessoa teatral.

Todos olhavam para nós surpresos, eu sorria até ser atingida por um feitiço que me jogou longe.

- COMO VOCÊ OUSA VIR AQUI BRINCAR  COM MINHA FAMÍLIA? NÃO ACHA QUE SOFREMOS DEMAIS COM A PERDA DELES? A cada palavra Molly me lançava um feitiço, eu me protegia como podia.

- Mãe pára, ela esta falando a verdade. Disse Fred se colocando na minha frente, assim como todos os demais que eu havia salvo.

- Não brinque comigo, meu filho esta morto e não vou deixar ninguém manchar a honra dele.... Disse Molly que agora chorava.

- Acredite, não quero manchar a honra de ninguém - Disse eu cuspindo um pouco de sangue.

Sirius veio até mim e fez questão de usar um feitiço de cura, mas eu o afastei e andei até Molly pegando  algo no meu bolso, era meu distintivo, assim como uma carta que eu havia recebido juntamente com a ordem de  revelar ao mundo que eles estavam vivos, tá não ao mundo mas vocês entenderam. A carta era endereçada aos Wesleys, Potters e Grangers, não sei o conteúdo da mesma porque eu nunca a li.

Mas seja lá  o que estava escrito nela, convenceu Molly de que eu falava a verdade, ela então abraçou o filho, assim como os demais recém chegados. Ela disse aos outros membros da família que eu falava a verdade e ele se aproximaram e abraçaram os demais.

Assim como eu havia previsto fui estouporada várias vezes naquele dia por pessoas que estava com raiva de mim por não ter contado para eles a verdade logo que salvei todos. Finalmente o Sr. Wesley disse que mandaria para Azkaban todos que me atacassem e  eles pararam.

A festa correu lindamente, todos satisfeitos com o retorno dos entes queridos. Quando se aproximou da meia noite, todos se reuniram no jardim para assistir  a queima de fogos, aproveitei que todos estavam distraídos e aparatei para longe dali.

No decorrer dos próximos anos, eu revi alguns daqueles que eu conheci aquele dia. Granger foi a que vi mais vezes, já que ela colocou na cabeça que queria aprender o feitiço de viagem temporal, mas me neguei a ensina-la, um dia ela desistiu de me procurar. Encontrei Harry e Rony algumas vezes, na maioria em missões deles como Aurores, eu ajudava sempre que podia.

Anos mais tarde voltei para o Castelo Bruxo para ensinar Feitiços, e para alguns alunos selecionados desde o primeiro ano eu ensinei o feitiço de viagem no tempo, entre esses alunos estava um dos filhos se Sirius.
Quanto aos demais eu nunca mais vi, talvez eles tenham me procurado, mas nunca mais parei em nenhum lugar tempo suficiente para ser localizada.

Mas agora tenho que ir, acabei de receber mais uma coruja de meu misterioso chefe, não eu nunca descobri  quem me manda as cartas com o nome dos que tenho que salvar, mas enfim, tenho que ir parece que esqueci de salvar um tal de Dobby, seja lá quem for.


                                                                           Att.
                                                                                         
                                                                                            Violet Stum