Bruce subiu ao palco e olhou ao redor, não estava acostumado a palestrar para pessoas tão jovens mas a pedido de uma antiga namorada, dona de uma grande revista decidiu aceitar, sob os protestos de Alfred meu mordomo, lógico.
Não sabia ao certo o que falar, estava acostumado a falar para grandes empresários mundo afora, sobre como havia transformado a empresa de sua família em uma mega corporação, mas pensou que talvez esse não seria um tópico bem aceito por esse público, decidiu então falar sobre a empresa em si e como ele costumava a custear programas para auxilio de adolescentes.
Com sua habitual fluidez logo tinha total atenção de seu público, ou melhor de quase todo,na última cadeira bem no fundo da sala via que uma das garotas olhava para ele,mas não parecia prestar atenção, ele havia notado-a desde o início, logo que ele entrou naquela sala.
Notou que ela, diferentemente das outras meninas, parecia ter noção da realidade, não acreditava em contos de fadas e mesmo com a pouca luz, notou a cor dos olhos, eram da cor exata da sua falecida mãe, logo pensou ele, esse era o motivo de ela lhe atrair tanto a atenção, os lhos daquela jovem garota era idênticos ao de sua falecida mãe.
Duas horas depois a palestra finalmente chegou ao fim e ele ficou conversando com alguns alunos e professores, esperou encontrar a garota entre aquelas pessoas, mas logo notou que ela não estava ali. Estranhou esse fato, pois ela pareceu muito interessada em fazer-lhe as perguntas durante a palestra, mas antes mesmo de terminar viu ela saiu as presas falando ao celular.
Trinna
Faltava pouco para o fim da palestra quando uma mensagem chega em meu celular, era o médico da minha mãe dizendo que ela havia sido internada as pressas depois que desmaiou no trabalho, rapidamente juntei as minhas coisas e nem tinha saído da sala e e já estava ligando para o médico para saber em que hospital ela estava, peguei um táxi que passava na frente da escola, saí sem autorização mesmo, não liguei para isso naquela hora, e 20 minutos depois cheguei ao hospital.
Entrei as pressas na recepção e corri até o balcão de informações, lá fiquei sabendo que minha mãe estava fazendo exames, sendo assim me limitei a esperar.
Enquanto esperava, rezei para que ela saísse dessa, não queria ficar sozinha no mundo, eu só tinha ela. Ok, tinha meu pai também, mas ele não sabia de mim portanto não contava.
Depois do que me pareceram horas finalmente Dr.André médico da minha mãe aparece, tinha um semblante triste e eu rapidamente fui em sua direção.
Antes mesmo que eu perguntasse ele me disse:
-No momento ela tá estável mas sinto muito em dizer que existem poucas chances de que ela sobreviva dou a ela no máximo até amanhã. Se você quiser vê-la tem que ser logo pequena, pois ela vai nos deixar a qualquer momento.
Ele estava chorando quando terminou de dizer isso, então nos abraçamos e ali no meio do saguão choramos pela pessoa que amávamos,mas que estava prestes a nos deixar.
Depois de chorar todas as lágrimas que tinha eu fui vê-la, ela estava pálida, entubada e respirando com a ajuda de aparelhos, como ela estava dormindo sentei ao seu lado e peguei sua mão, fiquei ali olhando seu rosto e contando cada uma das suas respirações que podia ser a última, nem vi que a tarde se transformou em noite, e a noite se transformou
num novo dia.
Durante a noite vários enfermeiros e médicos entraram no quarto para ver como ela estava,mas eles passaram como borrões para mim.Eu sabia que devia esta sentindo sede,fome ou até mesmo cansaço,mas eu não sentia nada absolutamente nada,apenas olhava para minha mãe e esperava que ela acordasse, mas a noite passou e nada de ela abrir os olhos.
Já passava das 8 horas da manhã quando ouvi uma batida na porta,logo em seguida ouvi um gemido,olhei para minha mãe e ela estava acordada,fiquei tão feliz que apenas gritei.
-MÃE!!!! E pulei sobre ela a abraçando,agradecendo por ela ter acordado.
Ela por sua vez com muita dificuldade,pôs a mão sobre minha cabeça e tentou dizer algo,mas eu fiz sinal negativo e disse a ela que iria chamar o médico,me soltei dela e me virei dando imediatamente de cara com quem eu menos queria ver naquele e em todos os outros momentos...
-Bruce Wayne? O que o senhor faz aqui? Perguntei
-Fiquei sabendo que uma grande amiga minha estava no hospital e vim vê-la,mas e você o que faz aqui?Perguntou ele em um tom que era ao mesmo tempo arrogante e surpreso.
-Vim ficar com minha mãe,ela está muito doente,mas agora não importa,tenho que chamar o médico.E com essa frase saí correndo em busca do Dr.André.
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