segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Protetora Real


Imagem relacionadaEstou em um lugar escuro e sujo, provavelmente um antigo porão da cidade velha, esperando por socorro, mas provavelmente vou encontrar minha morte apenas. Mas estou feliz,sim eu provavelmente vou morrer aqui, mas eu cumpri minha missão, o príncipe esta a salvo e logo será coroado.

Tudo começou com a guerra...

Eu tinha doze anos quando a guerra explodiu, sabendo que muito em breve, com 16 anos, eu teria que me juntar ao exercito meu pai levou a mim e meus irmão mais novos para treinarmos, apesar de que Myo e Thor nunca participariam sequer de uma batalha.

Durante os 4 anos seguinte nós treinamos, eu especificamente, me tornei mestre em toda e qualquer arma e estilo de luta, eu era capaz de derrubar meus irmão e meu pai em menos de dez segundos. Mas então eu fiz 16 anos e como manda a lei tive que ir para a Capital ficar a disposição do exercito real. 

Estranho não é que a única moça da família tenha que ir para a guerra enquanto seus irmãos homens ficam em casa em segurança. Mas aqui onde eu nasci não tem essa diferenciação de gênero, aqui o que conta é a ordem de nascimento. 

Aqui o filho primogênito tem que ser posto em disposição para a coroa em caso de guerra. Ninguém lembra de onde surgiu essa lei, mas esta tão cravada na memória de todos que ninguém tenta ir contra.

Quer dizer, algumas mulheres e moças vão as ruas e fazem petições para que suas primogênitas não precisem ir para a guerra, mas eu, diferentemente delas, nunca imaginei minha vida que não fosse como soldado.

Faz um ano que fui convocada, neste meio tempo já estive várias vezes em batalha, já que com meu treinamento fui mandada direto para um pelotão e não passei pelo ano de treinamento que geralmente os novatos recebem. 

Logo na minha primeira batalha eu praticamente entrei em choque. Uma coisa é você imaginar a luta,outra  é você vivê-la na pele. Com os corpos sendo despedaçados a seu redor, ou você mata ou você morre. Obviamente eu escolhi matar, caso contrário não estaria aqui escrevendo.

Sempre fui um bom soldado, cumpria as ordens mesmo que não concordasse com as mesmas, ali eu era apenas uma maquina de matar, todos éramos e o General havia deixado isso claro logo no primeiro dia.

No dia em que tudo mudou eu estava na escola, sim escola, pois quando não estávamos em batalha ou nos treinamentos, nós íamos a escola, mas enfim, alguém bateu na porta da sala onde estávamos, o professor atendeu e logo depois me chamou, sem entender nada eu segui o soldado que estava na porta. 

Ele me guiou para fora da escola e pela cidade, eu não acreditei quando percebi que ele me levava direto ao palácio, não entendia o que o rei poderia querer comigo já que apenas quem era chamado pelo rei poderia entrar no Palácio. 

Segui o soldado por centenas de corredores, quando já não aguentava mais andar chegamos, a uma porta. Ele bateu  na mesma e aguardou, eu atrás dele apenas esperei. A porta se abriu e o soldado fez sinal para que eu entrasse, eu dei os ombros e entrei, a porta tornou a se fechar logo que por ela passei.

Se alguém tivesse contado a mim o que me aconteceria a partir dali, eu talvez não tivesse entrado, eu teria dado as costas, deixado a Palácio e voltado para a escola. 

Quem eu quero enganar? Eu teria entrado do mesmo jeito, nunca tive juízo ou instinto de auto proteção.

Segui por aquele corredor até que cheguei numa câmara, me surpreendi quando me encontrei perante ao Rei e a todos os seus Conselheiros.

O Rei me pediu um favor naquele dia, disse que apenas eu era capaz de fazer aquilo, que não confiaria em outro soldado para fazer aquilo. Ele implorou de joelhos que eu trouxesse seu filho a salvo para o lar.  O mesmo estava do outro lado do país, a salvo da guerra, mas o rei estava doente e queria passar a coroa para o filho antes de morrer para que nenhum golpista pudesse usurpar seu trono. 

Minha missão seria simples, eu iria até onde o príncipe estava visitando sua noiva e o guiaria através das montanhas até o palácio. Sim assim eu faço parecer fácil, mas não o era. 

Para fazer isso, eu precisaria atravessar todo um país em guerra, chegar até uma cidade fortemente protegida e tirar o príncipe de dentro dela, depois disso feito eu teria que o disfarçar também, e juntos cruzar uma cadeia de montanhas, cujos picos poderiam atingir até 1500 metros e então, se ainda estivéssemos vivos, passaríamos por um campo de batalha inimigo até onde nossos soldados estavam baseados e poderiam nos dar proteção.

Eu admito que fui idiota, mas aceitei o pedido do Rei.

Estranhamente as primeiras fases do plano saíram-se bem. Eu cruzei o país sozinha indo até onde estava o alvo e o tirei de lá, nem eu mesma sei como fiz este milagre, até mesmo no inicio  das montanhas conseguimos nos virar, mas quando chegamos a última parte das mesmas, as coisas se complicaram.

Estávamos preparados para enfrentar saqueadores, ladrões e todos os tipos de gente fora da lei que vivia nas montanhas, mas o que podíamos fazer quando encontramos um acampamento dos soldados inimigos bem na rota que precisávamos seguir? 

Eles patrulhavam a área, não tínhamos onde nos esconder, tivemos que pegar uma rota alternativa através da parte mais fechada da floresta, aí que as coisas complicaram de vez. 

Já faziam dois meses que viajávamos juntos, eu estava a cinco meses fora de casa, então eu e o Príncipe acabamos por criar uma amizade. Numa certa noite fria, decidimos ir contra o bom senso e acender uma fogueira a noite. Não foi uma boa ideia, fomos descobertos e tivemos que lutar e matar para sairmos   de lá, mas o estrago estava feito e passamos a ser perseguidos. 

Não tínhamos mais paz ou descanso, estávamos sempre em alerta e armas em punho. Conseguimos sair das montanhas e chegamos ao campo inimigo. Estávamos a apenas 2 horas de alcançar nossos soldados quando fomos avistados pelos inimigos, não poderíamos contra um batalhão, sendo assim mandei o Príncipe seguir o caminho que planejamos e fiquei para enfrentar os inimigos.

Era suicídio eu sabia, mas não havia me sacrificado tanto até aquele momento para fracassar. Consegui derrubar os oito soldados do grupo de buscas e dar assim a chance do príncipe escapar antes de os reforços chegarem e me prenderem.

Hoje faz três semanas que estou sendo mantida aqui neste lugar, nesta masmorra,eu queria que eles tivessem me matado no campo de batalha, mas não, eles me trouxeram para cá e a cada dia inventam uma nova tortura. Eu já não tenho dois dedos em uma mão, devo ter vários ossos quebrados,já perdi a conta de quantas vezes tentaram me afogar. 

Acho que eles perceberam que não vou falar nada, pois na última vez me entregaram junto a um pedaço velho de pão uma faca dizendo que se eu fosse corajosa eu poria um fim a minha vida, pois senão eles dariam. Mentiria se dissesse que não pensei em dar um fim a minhas torturas, mas não serei covarde a esse ponto.

Note que em momento algum eu disse meu nome, e isso se deve a duas coisas, primeiramente  se este papel não chegar até o mar não quero que ninguém saiba meu nome, não darei a eles este prazer, em segundo lugar meu nome não importa, apenas importa o que eu fiz.

Assim que terminar de escrever pretendo lançar esta garrafa no mar que bate na janela, muitas vezes molhando meu cativeiro. Já posso ouvir passos se aproximando, não sei se são os meus carrascos, ou se alguém veio em meu socorro, mas em todo caso, vou colocar este papel dentro de uma garrafa velha que venho guardando e lança- la ao mar. 

Não sei se sobreviverei, mas alguém tem que saber esta história, mesmo que pense que não passa de invenção. Não quero que minhas ações em prol do fim desta guerra caiam no esquecimento...
............................................................................................................................................................................................................................................................
Este é o conteúdo de uma garrafa que encontrei boiando no mar a algum tempo atrás, o papel estava todo amarelado mas as palavras estavam nítidas como se tivessem sido escritas ontem. Não sei o que ouve com  a pessoa que escreveu a carta, não sei nem mesmo se ela existiu, mas todas as vezes que a leio, eu me acalmo. Seja lá quem for, espero que a pessoa da carta tenha sido salva, mas se não foi, ainda sim a considero uma heroína, afinal ela foi uma Protetora Real. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Capítulo 4 A filha do Batman

Tiago


Estou agora no meu quarto,nem mesmo sei como cheguei aqui,meu rosto está molhado das lágrimas que caem sem parar do meu rosto. Ainda não acredito que é verdade,que minha mãe se foi,agora estou sozinha no mundo.

Fazem dois dias que eu a enterrei,foi algo simples e rápido.Todos que trabalhavam com ela compareceram,assim como meu pai,também foram pessoas que eu não conheço,mas que tinha algum tipo de relação com o trabalho dela.

Olho no relógio e vejo que são 7 horas da manhã,passei mais uma noite em claro,chorando,mas tenho escola daqui a pouco e já faltei demais esse ano para me dar o luxo de faltar mais um dia sequer.

Saio da cama e vou para o chuveiro,tomo meu banho e escovo meus dentes,logo estou vestida e pronta para mais um dia.Vai ser estranho voltar para casa a partir de hoje e não á encontrar aqui.Sei também que na escola vai ser outro inferno,pois apesar de não ter amigos,sei que todos ficaram sabendo do que aconteceu pelos jornais,e vai ser difícil para mim suportar as caras de pena deles para mim  hoje.

Decido que não quero ir de ônibus para a escola hoje,então pego as chaves de um dos carros de cima da bancada e vou até a garagem,assim que chego lá,vejo que peguei o carro da minha mãe e rapidamente as lágrimas só formam,mas as seguro e entro no carro.

Dez minutos depois chego a escola,e como sempre sou uma das primeiras,vou logo para a sala e me sento no lugar mais ao fundo da sala,assim ninguém ficará olhando para mim.Coloco meus fones,fecho meus olhos e deixo a música que saí deles me acalmar.

Os minutos passam sem que eu me dê conta,por isso,quando abro meus olhos a sala já esta cheia,e os cochichos sobre mim já estão rolando,finjo que não percebo,e fixo meu olhar no quadro negro,segundos depois o professor entra na sala, e imediatamente começa a aula,não deixando espaço para conversas.

Agradeço ao professor com um sorriso fraco e ele me responde com um quase imperceptível aceno de cabeça.Sinceramente não sei o que foi passado na aula,uma vez que não conseguia sequer compreender o que era dito e mostrado na  sala,saio do meu transe quando ouço o sinal tocar, e como um autômato começo a guardar minhas coisas,sinto alguns olhares em mim,mas não ligo,aos poucos a sala vai se esvaziando,e eu estou sozinha.

As aulas que transcorreram a seguir foram tal qual a primeira,nada que era dito nelas eu compreendia,finalmente o último sinal tocou e fui até a biblioteca,pegando uma água no refeitório antes.Eu sabia que devia comer algo,fazia quase 3 dias que não comia nada,mas não conseguia,eu não sentia fome.Pra ser bem sincera,eu não sentia nada,fome,frio,sede,nada apenas um vazio.

Sentei-me em uma das mesas mais escondidas da biblioteca,sabia que se fosse vista com uma garrafa de água ali teria problemas,mas não me importei muito com isso,a verdade era que eu queria ficar sozinha,sem ouvir os sussurros e cochichos  a respeito de mim e da morte da minha mãe.

Outra vez coloco meus fones de ouvido,e começo a pensar nela,sinto as lágrimas tomarem meu rosto mais uma vez,nem tento controla-las,sei que será inútil,então sinto alguém me abraçar e reconheço o cheio,era o professor Tiago que eu considerava como meu melhor amigo,constumávamos sair juntos até,mas dentro da escola éramos   apenas aluna e professor,sendo assim fiquei surpresa com sua presença naquele lugar.

Por alguns momentos me deixei ser abraçada,mas então lembrei de onde estávamos e me afastei dele.

-O que faz aqui? Sabe que se vermos a gente juntos aqui vão pensar besteira e teremos nós dois grandes problemas.

-Não importa,não podia deixar você sozinha agora.E a diretora sabe que somos amigos,ela é a minha mãe lembra,portanto não se preocupe não vai dar problemas nada.Ele me respondeu e me puxou para mais um abraço.

O abracei bem forte dessa vez como se assim pudesse tirar um pouco de sua força para mim,desabei pela segunda vez em poucos dias

Depois disso percebi que não tinha mais condições de permanecer na escola naquele dia e fui para casa,consegui chegar na mesma sem causar nenhum acidente,o que era uma façanha,uma vez que dirigia com os olhos embaçados pelas lágrimas que rolavam.

Uma vez em casa fui para meu quarto e caí na cama,não consegui dormir outra vez,mas mesmo assim fiquei enrolada e como uma bolinha,tentando não me despedaçar ainda mais.

Saí desse transe quando meu despertador tocou,eram 6 horas da tarde outra vez,hora de me preparar para minha patrulha,desci até o porão passando pela cozinha,mas não comi nada apenas peguei uma garrafa de água outra vez e desci.

Fiz patrulha naquela noite,mas não teve nada demais,apenas alguns assaltos a pequenas lanchonetes,coisas que a polícia seria capaz de resolver sozinha,mas eu precisava ocupar minha mente,então acabei resolvendo as coisas,foram lutas rápidas,e quando o sol começava despontar,voltei para casa,tomei um banho,peguei as chaves de uma carro qualquer que não fosse o da minha mãe e fui para a escola.

No caminho decidi que assim que chegassem em casa ia tomar um dos remédios para dormir que tinham me receitado e dormiria pois começava a me cansar.A aula transcorria tranquila,ninguém mais apontava para mim,e eu agradecia por isso,mas então enquanto ia para a aula de física,senti uma tontura e tudo ficou escuro,a última coisa que vi foi Tiago correndo em minha direção e depois o nada.

Capítulo 3 A filha do Batman

Encontro Dr.André  conversando com uma enfermeira,parecia estar ralhando com ela,mas não me importei apenas peguei em seu braço e disse-lhe:

-Ela acordou!

Rapidamente ele se despede da enfermeira e segue-me até o quarto da minha mãe.

Assim que chega lá vai direto examina-la e nem percebe a figura encostada na parede,na realidade,nem mesmo Trinna o vê já que corre para perto da mãe,mas se algum deles tivesse olhado para Bruce teria visto que em seu rosto estava estampada uma expressão surpresa.

Dr.André a examina detalhadamente e me diz que ela está estável,mas não há nada que se possa fazer.Enquanto converso com ele,ouço um sussurro e rapidamente olho para minha mãe,ela se esforça para ser ouvida por nós,então vou até ela e com uma voz debilitada ela me diz:

-Filha,poderia me dar licença,tenho que falar com Bruce em particular?

É só quando ela me diz isso que me lembro que não estamos sozinhas e olho para o canto onde o mesmo se encontra,André também o olha,dando-se conta pela primeira vez do visitante.

Olho demoradamente para minha mãe tentando entender o porque de ela querer falar a sós com ele,quando me bate a compreensão,rapidamente lhe digo:

-Nem pense nisso mãe,não vou deixar que faças isso.
Ela me olha por um tempo e então vira-se para André.

-Poderia tira-lá daqui,por favor,sei que não tenho muito tempo,mas tenho muitas coisas para resolver antes de ir.

Pude ver a tristeza de André perante essas palavras,mas mesmo assim ele me tirou da sala sob intenso protesto de minha parte devo admitir.

                          Bruce
Vi o olhar que a garota deu a mãe antes de sair,era como se pedisse algo,vi também que ela negou para a filha,logo me aproximei dela e ela começou.

-Lembra-se daquela última noite que passamos juntos na Europa,o dia anterior a minha viagem para assumir os negócios do meu pai?

Fiz sinal positivo com a cabeça e ela prosseguiu.

-Bom um mês depois eu descobri que estava grávida.

Nesse momento fiquei abismado,e o choque deve ter aparecido em meu rosto.

-Me perdoa por não ter te contado,mas ainda estava aprendendo a comandar as empresas e não tinha total estabilidade,temi que você tirasse minha,ou melhor nossa,filha de mim.

Olhei para seus olhos e tive vontade de dizer coisas horríveis para ela,mas me controlei e disse:

-Ela sabe?

-Sim,eu nunca escondi isso dela,mas ela não quis ir até você,ela me disse que sabe que não tens culpa por não tê-la criado,diz que se sobreviveu somente comigo até agora,não tem porque coloca-lo em nossas vidas.

Eu estava me esforçando ao máximo para não descontar a raiva que sentia nela,mas ao mesmo tempo a culpava por não ter feito parte da vida da minha filha.

Por fim apenas assenti com um movimento mínimo,e disse:

-Tudo bem eu disse,te perdoo.

Nesse momento ela fechou os olhos,ainda com um sorriso nos lábios,segundos depois os aparelhos começaram a apitar e imediatamente vários médicos e enfermeiras entraram assim como a garota  que até agora não sabia o nome mas sabia agora que era minha filha.

Ela foi imediatamente para perto da mãe e começou chama-lá mesmo sabendo que não adiantava nada.Os médicos tentaram afasta-lá da cama,mas sem sucesso,então um deles,o tal de André olhou para mim e disse:

-Tire-a daqui.

Eu automaticamente assenti e fui até a garota,ela se debateu tentando escapar e voltar para o lado da mãe,mas eu não permiti,segurei-a mas firme e com cuidado a tirei daquele quarto.

Assim que a tirei fechei a porta atrás de mim ela veio até mim e começou a distribuir socos no meu peito,para uma  guria tão pequena ela batia forte,mas não demostrei dor e ela continuou a me socar até não ter mais forças,e então com os olhos cheios de lágrimas ela me disse:

-Ela te contou não foi?

-Sim.

Ela para de lutar e  me abraça,eu mesmo sem jeito retribuo,aquele era o primeiro abraço que recebia da minha filha.

Capítulo 2 A filha do Batman

     Bruce

Bruce subiu ao palco e olhou ao redor, não estava acostumado a palestrar para pessoas tão jovens mas a pedido de uma antiga namorada, dona de uma grande revista decidiu aceitar, sob os protestos de Alfred meu mordomo, lógico.

Não sabia ao certo o que falar, estava acostumado a falar para grandes empresários mundo afora, sobre como havia transformado a empresa de sua família em uma mega corporação, mas pensou que talvez esse não seria um tópico bem aceito por esse público, decidiu então  falar sobre a empresa em si e como ele costumava a custear programas para auxilio de adolescentes.

Com sua habitual fluidez logo tinha total atenção de seu público, ou melhor de quase todo,na última cadeira bem no fundo da sala via que uma das garotas olhava para ele,mas não parecia prestar atenção, ele havia notado-a desde o início, logo que ele entrou naquela sala.

Notou que ela, diferentemente das outras meninas, parecia ter noção da realidade, não acreditava em contos de fadas e mesmo com a pouca luz, notou a cor dos olhos, eram da cor exata da sua falecida mãe, logo pensou ele, esse era o motivo de ela lhe atrair tanto a atenção, os lhos daquela jovem garota era idênticos ao de sua falecida mãe.

Duas horas depois a palestra finalmente chegou ao fim e ele ficou conversando com alguns alunos e professores, esperou encontrar a garota entre aquelas pessoas, mas logo notou que ela não estava ali. Estranhou esse fato, pois ela pareceu muito interessada em fazer-lhe as perguntas durante a palestra, mas antes mesmo de terminar viu ela saiu as presas falando ao celular.

            Trinna

Faltava pouco para o fim da palestra quando uma mensagem chega em meu celular, era o médico da minha mãe dizendo que ela havia sido internada as pressas depois que desmaiou no trabalho, rapidamente juntei as minhas coisas e nem tinha saído da sala e e já estava ligando para o médico para saber em que hospital ela estava, peguei um táxi que passava na frente da escola, saí sem autorização mesmo, não liguei para isso naquela hora, e 20 minutos depois  cheguei ao hospital.

Entrei as pressas na recepção e corri até o balcão de informações, lá fiquei sabendo que minha mãe estava fazendo exames, sendo assim me limitei a esperar.

Enquanto esperava, rezei para que ela saísse dessa, não queria ficar sozinha no mundo, eu só tinha ela. Ok, tinha meu pai também, mas ele não sabia de mim portanto não contava.

Depois do que me pareceram horas finalmente Dr.André médico da minha mãe aparece, tinha um semblante triste e eu rapidamente fui em sua direção.

Antes mesmo que eu perguntasse ele me disse:

-No momento ela tá estável mas sinto muito em dizer que existem poucas chances de que ela sobreviva dou a ela no máximo até amanhã. Se você quiser vê-la tem que ser logo pequena, pois ela vai nos deixar a qualquer momento.
Ele estava chorando quando terminou de dizer isso, então nos abraçamos e ali no meio do saguão choramos pela pessoa que amávamos,mas que estava prestes a nos deixar.

Depois de chorar todas as lágrimas que tinha eu fui vê-la, ela estava pálida, entubada e respirando com a ajuda de aparelhos, como ela estava dormindo sentei ao seu lado e peguei sua mão, fiquei ali olhando seu rosto e contando cada uma das suas respirações que podia ser a última, nem vi que a tarde se transformou em noite, e a noite se transformou



num novo dia.

Durante a noite vários enfermeiros e médicos entraram no quarto para ver como ela estava,mas eles passaram como  borrões para mim.Eu sabia que devia esta sentindo sede,fome ou até mesmo cansaço,mas eu não sentia nada absolutamente nada,apenas olhava  para minha mãe e esperava que ela acordasse, mas a noite  passou e nada de ela abrir os olhos.

Já passava das 8 horas da manhã quando ouvi uma batida na porta,logo em seguida ouvi um gemido,olhei para minha mãe e   ela estava acordada,fiquei tão feliz que apenas gritei.

-MÃE!!!! E pulei sobre ela a abraçando,agradecendo por ela ter acordado.

Ela por sua vez com muita dificuldade,pôs a mão sobre minha cabeça e tentou dizer algo,mas eu fiz sinal negativo e disse a ela que iria chamar o médico,me soltei dela e me virei dando imediatamente de cara com quem eu menos queria ver naquele e em todos os outros momentos...

-Bruce Wayne? O que o senhor faz aqui? Perguntei

-Fiquei sabendo que uma grande amiga minha estava no hospital e vim vê-la,mas e você o que faz aqui?Perguntou ele em um tom que era ao mesmo tempo arrogante e surpreso.

-Vim ficar com minha mãe,ela está muito doente,mas agora não importa,tenho que chamar o médico.E com essa frase saí correndo em busca do Dr.André.

Capítulo 1 A filha do Batman





         Trinna                                                        
Mais um dia começando, acordei como sempre as 5 horas da manhã,devo ter dormido cerca de 3 horas na última noite,minha última patrulha tinha dado  problema, passei uma boa parte da noite saltando por sobre os telhados atrás de Novattelly e só consegui pegá-lo quando já batia 2 horas da manhã.

Saí da minha cama ainda meio dormindo e segui para o chuveiro,liguei a água no máximo de gelada que pude e entrei debaixo da mesma.A água fria finalmente me acorda,eu termino meu banho, coloco minha  roupa de corrida, pego meu celular e fones e saio. Corro os meus habituais 8 km e volto para casa, minha mãe já esta acordada e com o café pronto, dou-lhe um beijo e vou tomar outro banho antes da escola. Eram 7 horas quando finalmente desci pronta para a escola tomei meu café e corri para pegar o ônibus.

Me chamo Trinna Malakese, tenho 16 anos, durante o dia sou uma estudante normal,a nerd da escola, me escondo  sob roupas largas  e óculos aro de tartaruga,sou  a garota da qual ninguém quer ser amigo, mas pouco me importo com isso , até prefiro que seja assim, não quero e não posso chamar atenção.Durante o dia faço de tudo para não chamar a  atenção, mas é a noite que eu revelo minha verdadeira natureza.

Meu pai se chama Bruce Wayne, isso mesmo o dono das Industrias Wayne,mas diferente dele eu não sou famosa nem conhecida, na realidade sou a filha bastarda dele, ninguém sabe da minha existência. Minha mãe preferiu que assim fosse uma vez que tinha medo de ele me tirar dela caso soubesse de mim. Não me importo muito com isso, não sinto raiva dele por me abandonar, afinal não se pode abandonar algo que nem se sabe da existência não  é mesmo.

Consigo chegar a escola 20 minutos antes de o sinal tocar, pego meus livro no meu armário e vou para a sala, não gosto de ficar andando pelos corredores, sofro bullying quando eu faço isso então prefiro ficar sozinha com meus pensamentos e minhas músicas. Da janela vejo as pessoas chegando na escola, uma vez que minha sala fica de frente para o portão, vejo as lideres de torcida perturbando as novatas, enquanto os jogadores batem nos nerds, essa é a vida escolar. Aos poucos a sala vai se enchendo e meus minutos de paz se acabam, logo o professor chega e começa a aula.

Cerca de uma hora e meia depois a aula de geografia chega ao fim e eu saio da sala, ligo pra minha mãe enquanto vou para minha próxima aula:

- Oi mãe,como você está?

- Oi querida, estou bem, voltei do mercado agora, mas porque ligou?

- Nada não mãe só queria saber se você estava em casa, ou se teria que almoçar fora. Inventei a primeira desculpa que me veio   a cabeça.

- Pode deixar que farei um almoço delicioso filha.

Desliguei o telefone mais tranquila, minha mãe esta doente, ela não sabe disso , porém segundo o médico me disse ela esta com um tipo muito raro de câncer cerebral, um tipo muito rápido e letal ele acredita que ela tenha mais dois anos de vida, e pediu para que eu cuidasse dela, as vezes acho que o médico de minha mãe é totalmente apaixonado por ela.

Cheguei a minha sala no mesmo momento que meu professor chegava, ele ralhou comigo por chegar atrasado, mas quando disse para ele que estava falando com minha mãe ele apenas assentiu, ele era o único que sabia do problema de minha mãe, ele era a pessoa que eu mais confiava depois dela. Depois de mais algumas horas, as aula finalmente terminam e corro para deixar meus livro na armário vou para casa.

Como sempre chego em casa e vou procurar pela minha mãe, ela esta na cozinha então vou para meu quarto e tomo um banho antes do almoço e desço. Como sempre a comida estava ótima, minha mãe era uma ótima cozinheira, mas ao invés de investir nisso ela preferiu assumir as empresas do pai dela e hoje é dona de uma das maiores revistas do mundo e apesar de estar doente ela trabalha muito bem. Lavar  a louça é meu trabalho portanto assim que nós terminamos de comer eu limpo a cozinha enquanto minha mãe vai para a empresa, depois que termino vou dormir afinal teria trabalho durante a noite.

Acordo e vejo que são 6 horas da tarde, vou para o porão onde  digito meu código de segurança e meu QG se revela. Eu disse que era a noite que minha identidade se revelava pois então durante o dia sou nerd a noite assumo outra identidade e combato o crime da cidade, durante a noite deixo de ser Trinna e me torno a Trinity, forte, poderosa, tudo aquilo que eu não sou durante o dia.

Tudo isso começou quando meu melhor e único amigo foi assassinado na minha frente a dois anos por policiais  corruptos a mando de um certo chefão do crime.

 Depois de ver os mesmos policiais saírem ilesos apesar do meu depoimento, fui tomada por uma fome de vingança e foi quando a Trinity nasceu. Ela não tem noção de bem ou mal, não recebe ordens de ninguém e também não abaixa a cabeça pra ninguém, é procurada pelos dois lados da lei, policia e bandidos.
Mas essa é uma cidade onde não existe dois lados da lei,aqui o dinheiro fala mais alto e os grandes chefões do crime são quem comandam a cidade  a seu bel prazer, e eu sou a única coisa que impede que esse poder se alastre pelo restante do estado.

Fico organizando a bagunça que deixei quando sai daqui hoje de manhã ao mesmo tempo que fico ouvindo o radio da policia, passavam das 10 horas quando ouvi sobre um sequestro em andamento, coloquei meu uniforme e sai. Foi algo rápido, em menos de uma hora resolvi tudo, pra minha surpresa, o sequestrador era um dos capangas de Max Constantine, o poderoso chefão do crime da cidade, fiquei pensando no que eles ganhariam sequestrando  aquele garoto, mas não consegui achar nenhuma explicação, assim, voltei exausta para casa, troquei de roupa e caí na cama dormindo imediatamente.

As semanas seguintes passaram rapidamente, desde que um de seus braços direitos havia sido preso Constantine preferiu se mante em silêncio, e não aprontou nada por um longo tempo até mesmo saiu da cidade por algumas semanas, e eu na sua ausência tive meus próprios problemas para resolver.
Eu estava voltando para casa num dia comum, mas assim que abri a porta tive uma péssima surpresa,minha mãe estava sentado no sofá e a sua frente estava  a  pasta  que eu mantinha sobre a sua doença. Assim  que entrei em casa ela me disse:

-Porque você não me contou? Porque não me disse que eu estou morrendo?

-Eu não sabia como dizer mãe. Me perdoe, eu não podia simplesmente chegar em você e dizer: Mãe, sinto te dizer mas você tem um tumor gravíssimo e vai morrer a qualquer momento. Eu não aceitei isso ainda, como achas que eu poderia te contar?

-A quanto tempo você sabe?

-A seis meses mãe. Quando caiu da escada, foi feito uma radiografia, que mostrou uma massa estranha, a partir disso foi feito outra bateria de exames que acabaram por confirmar o tumor, os médicos disseram que é inoperável, por isso não te contei nada, não ia adiantar nada você saber disso, não ia mudar nada.

-Quanto tempo eu.....

-Não sei mãe - nesse momento me segurei para não deixar as lágrimas tomarem meu rosto - podem ser dias, semanas meses ou até anos, eu realmente não sei , nem os médicos sabem.

Desde aquele dia ela não fala mais comigo, nem mesmo me cumprimenta, e eu entendo o lado dela, mesmo que ela não entenda o meu.

Escuto a voz da diretora no sistema de som do colégio,pedindo para que todos os alunos se dirigissem para o anfiteatro,pois teríamos uma  palestra,sendo assim peguei minhas coisas e as organizei na mochila lentamente, fui a última  a sair da sala, e no corredor acabei por encontrar o professor e juntos fomos para a palestra conversando pelo caminho.

Quando chegamos lá nos separamos e ele foi sentar-se com os demais professores, eu por minha vez, aproveitei que o auditório já estava cheio e que a maioria sentou-se bem próximo ao palco e me sentei no fundo, junto a parede na última carteira, algo me dizia que não era uma boa ideia sentar-me na frente.

Eu percebi que estava certa assim que o palestrante subiu ao palco......

Aviso

Sei que poucas pessoas vão ler isso, mas estou aqui para avisar que postarei minha historia A filha do Batman aqui a partir de hoje. Originalmente ela foi postada no Wattpad e lá permanece, mas estou buscando um novo público e creio que aqui seja o melhor lugar para começar.
                             
                                                                                Att: Lis Stum

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Ghost



Olhem bem para esta garota da foto. Acham ela perigosa? Acham que ela pode ser um risco para a sociedade?

Bem se suas respostas foram negativas, saibam que estão enganados.

Esta garota é a numero 1 das lista dos mais procurados da Interpol, figura nesta posição a mais de 3 anos, e nunca foi pega.

Nascida Halene Thorhasty, Ghost como é conhecida desde os seus doze anos, sempre foi inteligente, se formou no colégio aos dez anos, aos 15 anos se formou em Perícia Forense e passou  a trabalhar no  Instituto Jeffersonian. Foi demitida depois que um colega armou contra ela. Em busca de vingança ela invadiu o computador pessoal dele, e levou ao público toda a sujeira na qual ele estava envolvido.

Foi a primeira vez que ela usou suas habilidades com Hacker, nunca mais parou. Durante um ano se envolveu com algumas sociedades secretas de hackers, mas então um dia ela sumiu simplesmente.

Semanas depois ocorre uma invasão em massa em todos os sistemas de defesa baseado no satélite Monarca, mas um detalhe, todas as super potencias mundiais usavam o Monarca como banco de dados para seus sistemas de defesa.

Ela invadiu todos eles, sozinha.

Ela era uma colecionadora, sua maior arma eram os segredos que ela conseguia a partir de suas invasões.

 Depois do Monarca foi a vez do Pentágono, depois a Nasa, FBI, CIA, OTAN, grupos terroristas, ela derrubou vários, nada estava seguro  de suas mãos, se estivesse disponível, ela conseguia.

Mas toda esta habilidade lhe rendeu problemas, ela passou  a fazer parte dos mais procurados de FBI, em seguida CIA e finalmente INTERPOL. A cada trabalho, ela ficava mais próxima do topo da lista, até assumir o primeiro lugar e nunca mais sair.

Ela passou a não ficar mais que dois dias no mesmo lugar, sempre olhava sobre o ombro. Seu cabelo,o outrora ruivo até a cintura, agora estava negros curto, os olhos  verdes que antes brilhavam, agora estavam praticamente negros, ocultavam segredos.

Eu estou em constante fuga.

Sim Ghost sou eu, não que alguém ainda não tivesse percebido, afinal como alguém que não sou eu poderia saber tanto sobre um fantasma?

Entro no galpão que tem sido meu esconderijo desde ontem, todos os meus equipamentos estão prontos, estou aqui a trabalho.

Do outro lado da parede se encontra o principal servidor de uma rede de distribuição de pornografia infantil, amanhã a este mesmo horário o local será invadido pela policia, todos que estão ali serão presos, não será muitos já que  ali só estão o programador do site e alguns seguranças.

Os cabeças de tudo estão em suas mansões no outro lado da cidade, mas eles também serão  pegos. Admito que a o fato da senha deles ter 32 dígitos me surpreendeu, mas se já invadi o Monarca cuja senha tinha mais de 350 caracteres, este computador não será complicado.

Quarenta e dois segundos.

 Foi esse o tempo que demorei para entrar no sistema deles, coletar as informações levou dois minutos, logo saí dali e apaguei meus rastros pelo galpão. Minutos depois eu cortava a cidade até a delegacia de polícia.

 Com meu disfarce de motoboy não foi difícil entregar o pen-drive para o policial que eu queria, ele comandava uma força tarefa contra a distribuição de pornografia e abuso sexual infantil.

Logo depois de deixar os informações na policia, eu fui para um banheiro público e troquei de roupa, aquele lugar não tinha câmeras de vigilância então eu poderia usar. Minutos depois já estava indo embora da cidade, não havia mais motivos para continuar ali e eu tinha um voo para Tóquio.

Sim me cansava o fato de fazer todo o serviço sujo e ver os outros levarem o crédito, mas eu era uma justiceira digital, eu era uma desconhecida mas ainda sim fazia a diferença.

Tenho 21 anos e sou foragida, meu rosto eu até já esqueci como ele é de tantos disfarces que uso, sou a número 1 da lista dos mais procurados e mesmo assim sou feliz.

Tóquio = 3 trabalhos e depois sumir

Rússia = 1 trabalho e sumir

Brasil = 5 trabalhos e depois sumir

Índia = 1 trabalho e sumir

Tudo isso num mês.

Nova York, meu lar, depois de anos finalmente voltei, mas apenas para dizer adeus,  visito todos os meus lugares favoritos, tiro fotos, recordações. Em seguida pego um voo para Washington, em seguida um táxi para a sede do FBI, vou me entregar.

Assim como o Red da série The Black List, também tenho minha lista negra, e estou prestes a lança-la ao público.

Chego na sede   do FBI, vou até a atendente e sorrio francamente.

- Olá, eu sou Ghost. Gostaria de falar com a Agente Especial  Tomas Graant.....

Logo sou algemada e levada para uma cela, não me importo. Horas depois sou levada para interrogatório, não falo nada. De volta a minha cela.

Um policial vem até mim e me analisa.

-Porque diabos se entregou se não fala nada? Pergunta ele já impaciente

-Porque deixei claro que falarei apenas com a agente Graant.

Dias se passam e nada acontece. Me recuso a comer qualquer coisa que me tragam, nunca sei o que podem ter colocado. Se estou com fome? Sim eu estou, mas não confio em ninguém aqui.

Ouço a porta da cela se abrir, mas ignoro, não estou afim de ver a cara do policial Bob hoje.

-Bob já deixei claro que  não quero falar com você, na realidade não suporto mais sua cara.

-Tenho certeza que Bob também esta cansado do você. Diz uma voz.

 Me viro para a porta e logo me levanto.

-Agente Graant. Que prazer conhecê-lo.... Agora podemos tratar de negócios, mas antes duas regras: Ninguém deve saber quem lhes deu as informações, e principalmente depois que isso acabar eu saio  livre e todos esquecem que eu existo.

-Sabe que não posso concordar com isso. Diz ele me olhando seriamente.

-Você não, mas seu irmão gêmeo, o presidente pode. Enquanto eu não tiver essa certeza eu não falarei mais nada.

-Mas sua primeira exigência era minha presença e agora surgem outras? Pergunta ele e não respondo.

Uma semana depois ele retorna com o documento assinado e então eu aceito falar.

Durante os dois anos seguinte, a Força Tarefa Genius capturou os Hackers mais perigosos do mundo, que trabalhavam para terroristas e outros grupos radicais que ameaçavam a ordem mundial.

Depois que o último nome da minha lista estava preso, o Agente Graant e seu irmão cumpriram a palavra e me deixaram partir. Eu havia os ajudado demais, era o mínimo que poderiam fazer.

Talvez eles tenham percebido o erro que cometeram ao me deixar livre dias mais tarde, quando uma pane atingiu todos os servidores e provedores de internet do mundo. A pane não durou mais de um minuto, mas foi mais que o suficiente para fazer uma revolução. Quando tudo voltou a ficar online, não haviam mais registros de dividas, não haveria mais cobranças, todas as contas de todas as pessoas do mundo foram liquidadas, zeradas.

Foi então que Graant e todos os demais perceberam que foram usados, enquanto os dava nomes dos meus rivais que poderiam me impedir de realizar meus planos, eu usava os servidores do FBI aos quais eu tinha acesso permitido, para conseguir  informações  vitais ao meu projeto.

Quando tudo acabou, eles sabiam que eu era a responsável, mas não poderiam me pegar, afinal eu sou Ghost, e não é possível pegar um fantasma.