segunda-feira, 29 de agosto de 2016
O retorno dos mortos
Eu realmente acredito que no mínimo de um feitiço de estouporar eu vou ser
vítima hoje, mas não posso reclamar, no lugar deles eu faria a mesma coisa.
- Nossa até parece que é você que vai se revelar. Diz Sirius passando a mão e bagunçado meu cabelo.
- Você também estaria se estivesse no meu lugar. Eles vão me matar por ter escondido vocês por tanto tempo.
- Mas você não teve outra escolha, recebeu ordens pra isso. Disse Fred, pela primeira vez sem o tom brincalhão em sua voz.
- Sim, mas eu assisti da primeira fila eles sofrerem e não fiz nada, nem sequer na guerra eu lutei.
- Não diga bobagens, você lutou sim, nos escondeu de tudo e todos, nem mesmo aqueles malditos Comensais foram capazes de descobrir que estávamos vivos.
- Talvez porque não estivéssemos. Disse Snape
- Nossa Severo, muito bom saber que você dá todo esse valor aos meus esforços para salvar o seu traseiro.
- Com um vira tempo qualquer um é capaz de voltar no tempo, só não sei poque aqueles idiotas do ''Trio de Ouro'' não pensaram em fazer isso. E já disse para ter mais respeito e me chamar de professor Snape, garota insolente.
- Chamo da porra que quiser Severo, até porque nunca fui sua aluna e nunca lhe chamei de professor, estudei em Castelo Bruxo no Brasil, se você não sabe e....
Vamos cortar a discussão por aqui e deixar ela ocorrer em segundo plano, assim eu posso explicar já que ninguém parece estar entendendo nada.
Esses que estavam discutindo comigo são ninguém mais ninguém menos que Sirius Black, Severo Snape, Fred Wesley, tem também a Tonks e o Lupin, mas eles estavam ocupados demais no banco traseiro do carro pra discutir comigo.
Vocês podem estar se perguntando mas como? Eles morreram na guerra contra Voldemort, como podem estar vivos? Eles forjaram as mortes?
E a resposta é: Sim são eles, sim eles morreram, e não, não forjaram as mortes.
Mas então como estão aqui?
Bem, eu salvei eles.
Me chamo Violet Stum, sou uma bruxa nascida trouxa, nasci no Brasil,e estudei no Castelo Bruxo, como já citei. Sempre fui a melhor da turma, sempre muito mais adiantada que meus coleguinhas de turma.
No meu terceiro ano fiquei sabendo de toda aquela história do Potter e seus amiguinhos bobos, hey não me levem a mal, eu gosto deles, mas são bem bobinhos, mas voltando.
Nessa mesma época fui chamada para fazer parte de um grupo de estudos que pouco tempo depois se tornou uma equipe secreta sobre as ordens do ministério, eu era a única estudante ali, mas não ficava muito para trás.
Nossas pesquisas envolviam, em sua maior parte, a criação de feitiços, mas também haviam pessoas ali que eram responsáveis pela criação dos vira tempo, eu assessorava ambas equipes. Foi dai que tirei a ideia de criar um feitiço de viagem no tempo e depois de vários anos de estudo, eu consegui, criei o primeiro feitiço de viagem temporal e, na época, era a única capaz de realiza - lo.
Meses depois da descoberta o Ministro da Magia apareceu juntamente com Dumbledore, o Ministro queria saber se era verdade que eu sendo uma simples aluna do sétimo ano, havia criado um feitiço tão poderoso, já o Diretor, queria me pedir algo.
Nesta época, faziam cerca de 3 meses que Potter e os demais havia, enfrentado os Comensais na sala de mistérios do Ministério, ou seja, fazia 3 meses que Sirius estava morto. Minha missão era simples, eu tinha que salvar Sirius sem que ninguém percebesse. Levei duas semana para encontrar uma maneira de fazer isso, e a maneira foi simplesmente criar um holograma do espelho que ''engoliu '' Sirius.
Sim, era algo ''simples'',mas funcionou perfeitamente. Estouporei Sirius no momento que ele atravessou o espelho, e o então aparatei para o Castelo Bruxo. Quando Sirius acordou, eu expliquei tudo para ele e o mesmo aceitou ficar escondido.
Tempos depois recebi outra missão semelhante, mas dessa vez eu fracassei, não consegui salvar Olho-Tonto.
A guerra ficava cada vez mais difícil, Harry, Hermione, Rony, e toda a Ordem da Fênix lutavam, eu mesma tive que ajudar a defender o Castelo Bruxo, nessa época eu já havia me formado e morava em uma lugar afastado tendo apenas Sirius, sempre em forma canina, como companhia já que ele me acompanhava.
Eu era uma espiã do Ministério, agia sempre nas sombras buscando informações que pudessem ajudar o mundo bruxo a permanecer livre, mas também tinha outras tarefas. Cabia a mim levar pessoas importantes para locais seguros.
Fui eu levei os tios de Harry para um lugar seguro, fui eu que ajudei os Granger a se afastarem da zona de perigo, mesmo que eles não soubessem disso. Eu vi a guerra se tornar cada vez mais voraz, mas não podia me revelar.
Então chegou a batalha final, a que me deu mais trabalho. Muitos morreram nessa batalha, pessoas importantes para o mundo bruxo.
Não estranhei quando chegou uma coruja com várias cartas, eram fotos das pessoas que eu teria que salvar, mas tudo era muito recente, não conseguiria salvar todas de uma vez, então fui por ordem de morte por assim dizer. Primeiro salvei Snape, uma vez que ele foi o primeiro a morrer, depois Tonks e Lupin, Fred foi último, mas apenas porque as viagens temporais me cansavam demasiado e eu tinha que me recuperar entre elas.
Na última viagem que fiz, acabei sendo gravemente ferida,mas ainda sim consegui levar Fred salvo para minha casa. Passei os próximos três meses me recuperando dos ferimentos e esperando a ordem para levar meus protegidos de volta para Londres.
Demorou mas finalmente a ordem, hoje faz um ano que a SGB acabou, é também o dia em que Sirius, Fred, Tonks, Lupin, e até Snape voltaram para suas vidas.
Agora que esta tudo explicado, voltamos ao carro.
- Tá chega de briga. Não me importo de como tenho que chamar vocês, só quero sair viva da Toca hoje.
- Não se preocupe Violet, mamão não vai te matar, talvez te jogue um Cruciatos, mas matar claro que não.
Revirei os olhos e voltei a me concentrar na estrada.
- Ela não terá a chance de fazer isso Fred, eu não vou me mostrar.
- Como assim? perguntaram todos ao mesmo tempo, inclusive Snape e o casal que se pegava.
- Vocês são os únicos civis que sabem sobre mim, mas não sei e estou pronta para que os outros saibam do que sou capaz.
- Nem pensar,você vai entrar sim conosco, eu estava brincando sobre ela te matar. Disse Fred ao mesmo tempo que colocava a mão no meu ombro.
- Não é opcional você negar. Se Molly descobrir que você salvou todos nós e não a levamos para conhecê-la, ela nos mata.
- Nem por Merlin, não quero ter que salvar vocês de novo. Ok eu entro com vocês, mas não vou ficar muito tempo.
- Você que acha. Sussurrou Fred.
Ainda faltavam várias horas de viagem pela frente, mas a fome começou a apertar, decidimos parar em uma lanchonete, até porque estávamos vivendo como trouxas e trouxas fazem isso. Depois de devorarmos alguns vários cachorros quentes, seguimos viagem, desta vez Snape estava ao volante, nem sabia que ele tinha habilitação, mas estaa cansada demais para discutir.
Horas e mais horas depois, finalmente chegamos a Toca, hoje era dia de festa, celebravam o batizado dos gêmeos filhos de Fleur e Carlinhos.
- Acho que eles vão ter mais cinco motivos para comemorar hoje. Digo enquanto saíamos do carro e colocávamos nossas capas, era um dia frio apesar do céu claro e do sol brilhando.
Enquanto nos aproximávamos vários olhares se voltaram a nós, varinhas foram erguidas em nossa direção e os membros da Ordem se posicionaram em frente aos convidados da festa.
- Podem abaixar essas varinhas, não vim trazer nem procurar confusão. Disse eu enquanto tirava meu capuz e mostrava meu rosto. Me chamo Violet Stum, sou uma uma bruxa especializada como viajante do tempo e vim trazer alguns convidados extras para a festa de vocês.
Quando disse isso Sirius, Snape, Fred, Tonks e Lupin tiraram o capuz de sobre seus rostos, exatamente como havíamos planejado, não me julguem eu sou uma pessoa teatral.
Todos olhavam para nós surpresos, eu sorria até ser atingida por um feitiço que me jogou longe.
- COMO VOCÊ OUSA VIR AQUI BRINCAR COM MINHA FAMÍLIA? NÃO ACHA QUE SOFREMOS DEMAIS COM A PERDA DELES? A cada palavra Molly me lançava um feitiço, eu me protegia como podia.
- Mãe pára, ela esta falando a verdade. Disse Fred se colocando na minha frente, assim como todos os demais que eu havia salvo.
- Não brinque comigo, meu filho esta morto e não vou deixar ninguém manchar a honra dele.... Disse Molly que agora chorava.
- Acredite, não quero manchar a honra de ninguém - Disse eu cuspindo um pouco de sangue.
Sirius veio até mim e fez questão de usar um feitiço de cura, mas eu o afastei e andei até Molly pegando algo no meu bolso, era meu distintivo, assim como uma carta que eu havia recebido juntamente com a ordem de revelar ao mundo que eles estavam vivos, tá não ao mundo mas vocês entenderam. A carta era endereçada aos Wesleys, Potters e Grangers, não sei o conteúdo da mesma porque eu nunca a li.
Mas seja lá o que estava escrito nela, convenceu Molly de que eu falava a verdade, ela então abraçou o filho, assim como os demais recém chegados. Ela disse aos outros membros da família que eu falava a verdade e ele se aproximaram e abraçaram os demais.
Assim como eu havia previsto fui estouporada várias vezes naquele dia por pessoas que estava com raiva de mim por não ter contado para eles a verdade logo que salvei todos. Finalmente o Sr. Wesley disse que mandaria para Azkaban todos que me atacassem e eles pararam.
A festa correu lindamente, todos satisfeitos com o retorno dos entes queridos. Quando se aproximou da meia noite, todos se reuniram no jardim para assistir a queima de fogos, aproveitei que todos estavam distraídos e aparatei para longe dali.
No decorrer dos próximos anos, eu revi alguns daqueles que eu conheci aquele dia. Granger foi a que vi mais vezes, já que ela colocou na cabeça que queria aprender o feitiço de viagem temporal, mas me neguei a ensina-la, um dia ela desistiu de me procurar. Encontrei Harry e Rony algumas vezes, na maioria em missões deles como Aurores, eu ajudava sempre que podia.
Anos mais tarde voltei para o Castelo Bruxo para ensinar Feitiços, e para alguns alunos selecionados desde o primeiro ano eu ensinei o feitiço de viagem no tempo, entre esses alunos estava um dos filhos se Sirius.
Quanto aos demais eu nunca mais vi, talvez eles tenham me procurado, mas nunca mais parei em nenhum lugar tempo suficiente para ser localizada.
Mas agora tenho que ir, acabei de receber mais uma coruja de meu misterioso chefe, não eu nunca descobri quem me manda as cartas com o nome dos que tenho que salvar, mas enfim, tenho que ir parece que esqueci de salvar um tal de Dobby, seja lá quem for.
Att.
Violet Stum
sábado, 27 de agosto de 2016
Eu sou a Morte
As ruas da pequena cidade estão frias e escuras,e com a minha presença se tornam ainda mais.Os humanos que ali estão culpam o vento, inexistente naquele momento, pelo frio repentino. Não eles não conseguem me ver, apenas quando eu quero, devo isso aos ''dons'' que Ele me deu.
Cruzo toda a pequena cidade lentamente, sem pressa, afinal tenho toda a eternidade pela frente. O relógio da velha matriz bate exatamente meia noite quando chego ao meu destino, o cemitério. Enquanto caminho por entre os túmulos consigo sentir o ódio que emana das almas que ali estão presas, elas me odeiam eu sei, mas apenas fiz meu trabalho, se elas ainda estão presas aqui a culpa é delas e dos assuntos que deixaram pendente, segundo Ele diz.
Meu destino final é o último túmulo,já nos limites do lugar, um túmulo totalmente negro, que ainda mantém o mesmo brilho do dia que foi construído. É um túmulo sem adornos,sem nome, sem citação, apenas um anjo negro, feito do mesmo material do túmulo, adorna o mesmo. O anjo tem suas asas sobre o túmulo como se pudesse proteger a jovem que ali descansa, com a espada em mãos o anjo protege a jovem ao mesmo tempo que, pela expressão de dor em sua feição, sofre pela morte da mesma.
A jovem que ali tem seu sono eterno amava a natureza, queria ser livre, apesar de viver em uma família extremante controladora, gostava de ler e estava sempre com seu moletom preto,mas isso foi a muitos anos atrás, cem anos mais especificamente. Eu sei disso porque aquela jovem sou eu.
Eu não sabia que aquele dia em que minha mãe e minha vó me convidaram para sair seria o último de minha vida. Elas nunca me amaram, eu era apenas um boi de abate criado para o sacrifício. De repente todo aquela proteção fazia sentido, eu não podia sair sozinha, não podia namorar, sequer beijar na boca. Mas é claro, sacrifícios devem ser de moças jovens e virgens, pena que nunca percebi isso.
Enfim, aceitei o meu destino, esperando que minha morte me trouxesse paz, o descanso eterno, o céu, qualquer coisa. Mas eu havia sido morta em nome de magia negra, em nome do mal, as sombras, e a elas eu pertencia.
Passei anos e anos como escrava de uma entidade,até que Ele surgiu. De alguma maneira ele me levou para seu reino, sua casa,me marcou como sua, os círculos sobrepostos no me braço. Eu não fiquei feliz com isso, pelo menos na Terra da Sombras eu sabia minha função e como me portar. Mas e ali? O que Ele queria comigo?
Minhas perguntas foram respondidas muitos dias depois, quando ele veio até meu quarto e me ofereceu uma vaga em seu exército, disse que eu seria uma de suas servas e teria a liberdade de ir e vir conforme suas ordens. Mesmo com medo eu aceitei, afinal alguma liberdade é melhor que liberdade alguma. Com o passar dos tempos me tornei a melhor dentre todos, fui promovida a seu braço direito,e ainda o sou até hoje.
Desde o dia que morri, eu nunca mais pisei nesta maldita cidade, minha cidade natal, meu lar, mas nunca senti que pertencia a esse lugar. Sinto um vento gelado bagunçar minha capa, rapidamente minha mão esquerda vai para a espada que carrego na cintura, uma vez que minha mão direita segura minha foice,minhas asas, negras como a noite mais escura ficam eriçadas.
Relaxo quando uma mão gelada toca meu ombro e desliza pelas minhas asas, me viro e dou de cara com Ele.
-Então finalmente criou coragem e veio visitar?
-Sim senhor, acredito que já estava na hora. Digo
Ele vai até o anjo de mármore e toca suas asas,que são idênticas as minhas, Ele mesmo havia colocado aquele anjo ali, para mostrar que eu era uma de suas protegidas.
-Fico feliz criança que tenha vindo, isso mostra o quanto cresceu e amadureceu. Mas agora tenho um trabalho para você aqui mesmo na cidade. Diz ele sorrindo
-Nome e endereço? Pergunto friamente enquanto tiro de dentro das minhas vestes um pergaminho e uma pena de sangue, ele me diz os nomes e então me despeço dele,sumindo logo depois em névoa. Não me olhem assim esse é meu trabalho e posso dizer que sou muito mais humana fazendo isso do que aqueles que tiraram minha vida.
Ele é o Ceifador. E , eu sou o pesadelo de muitos, eu sou a criatura mais letal, a última que vai ver em sua vida, eu sou o fim, eu sou a Morte.
domingo, 21 de agosto de 2016
Feira infernal
Mais um dia estava começando,levantei e me vesti antes de descer para tomar café. Hoje o castelo estava mais bagunçado que o normal afinal hoje era o dia, o dia da feira infernal.
Desci as escadas a passo lento afinal ainda tinha cerca de 1 hora antes de descer para o salão. Sabia que as almas já estavam no salão a espera dos guardiões, mas eu não me importo, como guardiã, de os deixar esperando afinal eles já estão no Inferno e creio que nada possa ser pior que isso.
Assim que chego a mesa vejo que Lúcifer ja se encontra na mesma e me recebe com um sorriso.
- Bom dia Senhor. Eu digo uma vez que não estamos a sós no salão
- Bom dia Ryni. Diz ele e volta a conversar com um de seus generais que esta ao seu lado fazendo um relatório sobre como se realizará a feira neste ano.
Eu nem me dou ao trabalho de prestar atenção na conversa pois sei muito bem como a feira funciona, afinal foi através dela que cheguei aqui.
Entenda, existem duas maneiras de se entrar no inferno: uma delas é cair no rio das lamentações assim que você morrer e acompanhar seu percurso ate chegar no inferno, onde você pode ser escolhido para trabalhar como soldado de Lúcifer, ou então, seguir com o rio até seu final e viver no Vale do Infinito que é para onde vão as almas que só procuram por paz.
Ou vc pode chegar ao inferno através da Feira, que é o evento em que os Guardiões da Luz se dirigem ao inferno e trocam almas com os Guardiões infernais, ou seja, as almas que estavam no céu porém não fizeram por merecer seu lugar lá são trocadas por almas que, ao ver dos Guardiões Infernais fizeram por merecer o perdão e o descanso no céu.
Mil anos atras eu estava no céu, porém não consegui me adaptar, sendo assim fui levada a feira e trocada por uma outra alma.
Talvez alguns de vocês pensem que isso e terrível, mas não é bem assim, no inferno foi o único lugar que eu encontrei paz. Comecei como um soldado e fui subindo na hierarquia hoje sou o que podemos chamar de braço direito de Lúcifer.
Saio de meus devaneios quando ouço meu nome ser chamado, e olho para meu prato ainda intocado mas, infelizmente, não tenho tempo de comer pois tenho que ir para a feira.
Me levanto e sigo em direção a porta onde tomo minha posição junto com o outro guardião, que esta posicionado ao lado esquerdo de Lúcifer, enquanto eu estou ao lado direito,estamos porém um passo atras do mesmo por questão de respeito e protocolo.
Então a porta se abre e posso ver as almas tanto do céu quanto as infernais em fila lado a lado, dou uma olhada pelo canto de olho para o outro guardião que se chama Raz e vejo que ele pensa o mesmo que eu;
-Teremos um longo dia pela frente.
Meu primeiro caso do dia e relativamente simples, um jovem viciado que tinha ido para o céu mas que assim como eu ele não se adaptou e foi mandado para o inferno pelo Todo-Poderoso consegui troca-lo por uma menina de 15 anos que matou o próprio pai para proteger seus irmão mais novos .
Os casos seguintes eram no mesmo patamar e lá pelo meio da tarde a feira já estava encerrada e os guardiões da luz foram embora.
Assim que eles saíram, pedi para que as almas me acompanhassem e as levei até Lúcifer que iria decidir o futuro de cada uma delas.Elas chegaram ao salão do trono temerosas e com medo, pois tudo o que sabiam sobre Lúcifer era que ele comandava o inferno, o lugar onde as criaturas pecadoras sofriam e se lamentavam.
Mal eles sabiam que isso era apenas o cartão de visitas que nos dávamos aos nossos visitantes.Na realidade o inferno era bem tranquilo e por mais que se mostrasse terrível, uma terra estéril e sem vida ,a realidade se mostrava bem diferente,pois uma vez que você saísse das margens do rios e chegasse ao vale você se encantaria com a beleza do lugar e com a felicidade que as pessoas ali exaltavam. .
Vi Lúcifer olhar para aquelas pessoas como se fosse come-las no café da manhã, seu olhar estava de intimidar qualquer um que não o conhece, mas eu sabia que por debaixo daquela carranca,ele estava se segurando para não gargalhar. Após algumas horas os novos integrantes do sub-mundo foram designados aos seus novos postos, a maioria foi designada para viver no vale, porém alguns poucos foram escolhidos para soldados.
Assim que levei os soldados até seus alojamentos fui para meus aposentos, enquanto Raz levava os demais para o vale descansar um pouco antes do jantar. Tomei um banho e coloquei uma calça jeans preta e uma regata também preta sabendo que em menos de duas horas eu teria que descer outra vez para o salão e encontrar com Lúcifer e o outro guardião para apresentarmos nossos relatórios sobre a feira sobre o que foi feito e também dito durante a feira, principalmente pelos enviados do céu, uma vez que vivíamos em uma trégua tênue entre nós.
Desci para o jantar quando ouvi o relógio bater,sabia que o cozinheiro não gostava de atrasos e também quanto mais cedo eu finalizasse isso, mais cedo eu iria pra cama e eu realmente estava muito cansada.
Assim passou mais um dia e mais uma feira infernal. No dia seguinte nossas obrigações estariam a nossa espera e a vida continuaria como sempre, os novos moradores estariam se adaptando a nova vida, Lúcifer estaria comandando seu império, Raz voltaria para sua posição de comando das tropas no Vale, enquanto eu continuaria a ser o braço direito de Lúcifer.
Enfim fui para meu quarto e caí na cama,o dia seguinte seria bem difícil,mas eu não esperava nada diferente, afinal eu estava no inferno.
Com esse pensamento em mente e um sorriso nos lábios eu acabei adormecendo.
Fim
Desci as escadas a passo lento afinal ainda tinha cerca de 1 hora antes de descer para o salão. Sabia que as almas já estavam no salão a espera dos guardiões, mas eu não me importo, como guardiã, de os deixar esperando afinal eles já estão no Inferno e creio que nada possa ser pior que isso.
Assim que chego a mesa vejo que Lúcifer ja se encontra na mesma e me recebe com um sorriso.
- Bom dia Senhor. Eu digo uma vez que não estamos a sós no salão
- Bom dia Ryni. Diz ele e volta a conversar com um de seus generais que esta ao seu lado fazendo um relatório sobre como se realizará a feira neste ano.
Eu nem me dou ao trabalho de prestar atenção na conversa pois sei muito bem como a feira funciona, afinal foi através dela que cheguei aqui.
Entenda, existem duas maneiras de se entrar no inferno: uma delas é cair no rio das lamentações assim que você morrer e acompanhar seu percurso ate chegar no inferno, onde você pode ser escolhido para trabalhar como soldado de Lúcifer, ou então, seguir com o rio até seu final e viver no Vale do Infinito que é para onde vão as almas que só procuram por paz.
Ou vc pode chegar ao inferno através da Feira, que é o evento em que os Guardiões da Luz se dirigem ao inferno e trocam almas com os Guardiões infernais, ou seja, as almas que estavam no céu porém não fizeram por merecer seu lugar lá são trocadas por almas que, ao ver dos Guardiões Infernais fizeram por merecer o perdão e o descanso no céu.
Mil anos atras eu estava no céu, porém não consegui me adaptar, sendo assim fui levada a feira e trocada por uma outra alma.
Talvez alguns de vocês pensem que isso e terrível, mas não é bem assim, no inferno foi o único lugar que eu encontrei paz. Comecei como um soldado e fui subindo na hierarquia hoje sou o que podemos chamar de braço direito de Lúcifer.
Saio de meus devaneios quando ouço meu nome ser chamado, e olho para meu prato ainda intocado mas, infelizmente, não tenho tempo de comer pois tenho que ir para a feira.
Me levanto e sigo em direção a porta onde tomo minha posição junto com o outro guardião, que esta posicionado ao lado esquerdo de Lúcifer, enquanto eu estou ao lado direito,estamos porém um passo atras do mesmo por questão de respeito e protocolo.
Então a porta se abre e posso ver as almas tanto do céu quanto as infernais em fila lado a lado, dou uma olhada pelo canto de olho para o outro guardião que se chama Raz e vejo que ele pensa o mesmo que eu;
-Teremos um longo dia pela frente.
Meu primeiro caso do dia e relativamente simples, um jovem viciado que tinha ido para o céu mas que assim como eu ele não se adaptou e foi mandado para o inferno pelo Todo-Poderoso consegui troca-lo por uma menina de 15 anos que matou o próprio pai para proteger seus irmão mais novos .
Os casos seguintes eram no mesmo patamar e lá pelo meio da tarde a feira já estava encerrada e os guardiões da luz foram embora.
Assim que eles saíram, pedi para que as almas me acompanhassem e as levei até Lúcifer que iria decidir o futuro de cada uma delas.Elas chegaram ao salão do trono temerosas e com medo, pois tudo o que sabiam sobre Lúcifer era que ele comandava o inferno, o lugar onde as criaturas pecadoras sofriam e se lamentavam.
Mal eles sabiam que isso era apenas o cartão de visitas que nos dávamos aos nossos visitantes.Na realidade o inferno era bem tranquilo e por mais que se mostrasse terrível, uma terra estéril e sem vida ,a realidade se mostrava bem diferente,pois uma vez que você saísse das margens do rios e chegasse ao vale você se encantaria com a beleza do lugar e com a felicidade que as pessoas ali exaltavam. .
Vi Lúcifer olhar para aquelas pessoas como se fosse come-las no café da manhã, seu olhar estava de intimidar qualquer um que não o conhece, mas eu sabia que por debaixo daquela carranca,ele estava se segurando para não gargalhar. Após algumas horas os novos integrantes do sub-mundo foram designados aos seus novos postos, a maioria foi designada para viver no vale, porém alguns poucos foram escolhidos para soldados.
Assim que levei os soldados até seus alojamentos fui para meus aposentos, enquanto Raz levava os demais para o vale descansar um pouco antes do jantar. Tomei um banho e coloquei uma calça jeans preta e uma regata também preta sabendo que em menos de duas horas eu teria que descer outra vez para o salão e encontrar com Lúcifer e o outro guardião para apresentarmos nossos relatórios sobre a feira sobre o que foi feito e também dito durante a feira, principalmente pelos enviados do céu, uma vez que vivíamos em uma trégua tênue entre nós.
Desci para o jantar quando ouvi o relógio bater,sabia que o cozinheiro não gostava de atrasos e também quanto mais cedo eu finalizasse isso, mais cedo eu iria pra cama e eu realmente estava muito cansada.
Assim passou mais um dia e mais uma feira infernal. No dia seguinte nossas obrigações estariam a nossa espera e a vida continuaria como sempre, os novos moradores estariam se adaptando a nova vida, Lúcifer estaria comandando seu império, Raz voltaria para sua posição de comando das tropas no Vale, enquanto eu continuaria a ser o braço direito de Lúcifer.
Enfim fui para meu quarto e caí na cama,o dia seguinte seria bem difícil,mas eu não esperava nada diferente, afinal eu estava no inferno.
Com esse pensamento em mente e um sorriso nos lábios eu acabei adormecendo.
Fim
Bem vindos
Esse blog é um projeto recente, criado por mim e por minhas amigas. Somos escritoras ou fingimos ser. Aqui vamos postar alguns de nossos textos e outros assuntos de nosso interesse.
SEJA BEM VINDO AO MUNDO URBANO DOS LIVROS
Adm Lis
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